segunda-feira, 3 de outubro de 2011

João da Costa vai à UTI política. Ele volta?


Conhecedor das dificuldades que deverá enfrentar pela Frente, o prefeito João da Costa intensifica as movimentações políticas, comunicando seus passos ao governador Eduardo Campos, um dos eleitores mais importantes no pleito de 2012 e um dos poucos nomes da Frente Popular que ainda pode bancar sua candidatura. Recife tornou-se uma das quadras políticas mais complicadas para o PT nacional. A legenda meteu-se numa enrascada tremenda. Está dividida entre apoiar à reeleição de um gestor impopular, cindido no aparelho partidário local, sem expectativa de recuperar sua popularidade até as eleições de outubro, ou viabilizar um outro postulante ao cargo, cujo nome mais cotado é o do senador Humberto Costa, de bem com a vida no Palácio do Planalto e apenas iniciando seu mandato de senador da República. Líder do partido e já cotado para a liderança do próprio Governo Dilma, aparentemente, Humberto não teria motivos para voltar à província, mas em política tudo é possível. Nem sempre a sensatez define os rumos de um ator político, embora os argumentos apresentados pelo deputado federal Sílvio Pessoa, em entrevista publicada hoje pelo jornal Folha de Pernambuco, tenha seus fundamentos. Outro complicador é a posição de uma das peças fundamentais do tabuleiro político recifense, João Paulo, que, certamente, não arregaçaria a camisa para pedir votos para o desafeto. Com uma agenda administrativa comprometida, seria bastante natural que João da Costa focasse suas atenções nas articulações políticas, apegando-se ao último recurso que pode salvar-lhes a vida, a UTI política, uma vez que a agenda administrativa fracassou.

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