pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Invasão de privacidade.
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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Editorial: Invasão de privacidade.


A privacidade dos cidadãos e cidadãs brasileios nunca esteve tão exposta quanto nos últimos anos, quando as nuvens cinzentas do protofascismo hegemonizaram a cena política e assumiram ao poder. Aliás, a invasão de privacidade com propósitos escusos foi um dos recursos mais utilizados por essas forças políticas para chegaram ao poder, transformando a mentira numa arma política poderosa para atingir seus adversários. O país desceu alguns degraus civilizatótios, transformando-se numa selva sem lei, numa época em que a verdade ou a mentira tornou-se apenas uma questão de narrativas

Narrativas apoiadas pelo aparato de tecnologia hoje disponíveis. Pelo andar da carruagem política, agora se sabe que até os órgãos de inteligência de Estado foram aparelhadas com o propósito de bisbilhotar ilegalmente a vida privada dos adversários do governo protofascista de turno. Ao levantar o danos produzidos por tal aparelhamento, descobre-se que os prejuízos são quase irreversíveis. Algumas dessas agências, como sugere seus próprios servidores de carreira, talvez precise ser reinventadas dentro de critérios republicanos. 

Quando pensávamos que já havíamos visto o suficiente, hoje a Polícia Federal fez a prisão preventiva de um cidadão que se especializara em fornecer dados de privacidade de várias autoridades da República, inclusive o presidente do STF Luiz Roberto Barroso. São milhares de pessoas que tiveram suas vidas devassadas e o esquema, pelo que foi apurado até o momento, já funcionava há vários anos, com milhares de clientes. O que mais nos chamou a atenção é que boas parte dos clientes eram formados por atores ligados ao aparato militar. 

Que momento institucional complicado, meus caros leitores. Algumas pessoas morreram, outras sofreram verdadeiros achincalhe moral, com a destruição de sua reputações, conduzidas por essas hordas de pessoas despreparadas e mal-intencionadas. Principalmente mal-intencionada. As narrativas sobre o 08 de janeiro, por exemplo, sugere que essa gente tinha a convicação de que continuariam no poder, operando impunemente, massacrando os adversários e destruindo os pilares mais sagrados das instituições democráticas do país.       

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