domingo, 4 de fevereiro de 2024

Editorial: Marta de volta ao "aconchego" do PT?

Crédito da foto: Marta Suplicy, Redes Sociais. 


Em evento bastante concorrido, com a presença de grandes personalidades políticas nacionais, Marta Suplicy voltou a filiar-se ao Partido dos Trabalhadores, agremiação política que, segundo ela, nunca saiu dos seus horizontes. Marta será candidata à vice na chapa encabeçada pelo Deputado Federal Guilherme Boulos(Psol-SP), que concorre à Prefeitura de São Paulo nas próximas eleições municipais. Boulos, aliás, aproveitou o ensejo para fazer algumas projeções sobre o que seria, programaticamente, o resultado de uma união entre a sua militância política e a espertise administrativa da ex-gestora, que foi apontada como a melhor prefeita da capital por uma pesquisa realizado pelo Instituto Genial\Quaest. 

Mas não foi só isso. Tivemos sernata também, na voz da própria Marta, que cantou que estava de volta ao seu aconchego, e o Deputado Federal Eduardo Suplicy, que foi casado com Marta por 40 anos, que ensaiou um eu sei que vou te amar por toda a minha vida. Quem esteve atento aos movimentos foi o principal adversário de Boulos na corrida pelo Edifício Matarazzo, Ricardo Nunes, do MDB, que se encontra num momento de equilíbrio instável, ora se aproximando do bolsonarismo, ora fazendo questão de enfatizar que não é um bolsonarista raiz. 

Neste sentido, a sua equipe já escalou três nomes, de projeção política nacional, para rebaterem as declarações de Guilherme Boulos: O ex-presidente Michel Temer, o ex-comunista Aldo Rebelo, que assumiu a secretaria deixada por Marta na Prefeitura de São Paulo, e Paulinho da Força. É uma maneira de não se expor diretamente. Não deixa de ser curiosa essa trajetória política do ex-comunista Aldo Rebelo, assumindo agora posições políticas de direita, conservadoras, se colocando na linha de frente para rebater os antigos "companheiros". 

Nem tudo são flores na chapa montada pelo Planalto para disputar aquelas eleições. Há parlamentares locais que desejavam um outro arranjo, quem sabe com um nome do próprio PT como cabeça de chapa, e uma ala que não engole a volta de Marta Suplicy à legenda, depois de uma controversa militância em outros grêmios partidários, assumindo posições imperdoáveis, como o apoio ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A possibilidade é que esses grupos não se engajem na campanha do psolista. 

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