terça-feira, 1 de outubro de 2024

Editorial: O debate do Sistema Jornal do Commércio de Comunicação.



O SJCC anuncia o seu debate entre os candidatos que concorrem à Prefeitura da Cidade do Recife. João Campos, que foi muito cobrado em razão de sua ausência no debate da Adufepe, a associação que reúne os docentes da UFPE, já confirmou sua presença e, provavelmente, também não deixará de comparecer ao debate da Rede Globo, no próximo dia 03, quinta-feira. No dia de ontem, saiu mais uma pesquisa do Instituto Quaest apontando que ele mantém os seus escores anteriores, algo em torno de 75% das intenções de voto. 

É curioso como, mesmo diante do endurecimento das regras - até cadeiras foram parafusadas, dando a dimensão dos problemas que tivemos nessas eleições municipais - dialeticamente, os debates foram evoluindo para permitir a possibilidade de confrontos diretos entre os candidatos. O formato da Rede Record ficou muito bem e o melhor de todos foi o formato concebido pelo UOL\Folha, realizado no dia de ontem, onde os concorrentes tinha um banco de tempo para administrarem. Até a questão da gestão deste tempo pesou contra os postulantes, a exemplo do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que, aliás, não esteve bem no debate como um todo. 

Assim como ocorreu com o debate do grupo UOl\Folha, é realmente uma pena que o SJCC tenha optado por seguir as regras de representação da Justiça Eleitoral e não tenha convidado todos os postulantes que concorrem à cadeira do Palácio Capibaribe. Gostaríamos também de ouvir Simone Fontana, Ludmilla Outtes, Victor Assis. O debate está programado para logo mais, às 18:30. 

Editorial: Situação indefinida na quadra paulista.



Preferimos concluir por uma situação indefinida na quadra paulista. As últimas pesquisas de intenção de voto, tanto a divulgada pelo Instituto Atlas\Intel quanto a do Instituto Quaest apenas reforçam esta nossa convicção. Há três candidatos rigorosamente empatadas dentro da margem de erro com a qual os institutos trabalham, que vão de 2.2 a 3.5 percentuais. Quinta, dia 03, sai a pesquisa do Instituto Datafolha, apresentada como uma espécie de tira-teima ou síntese dos demais institutos. A partir do dia 04 não mais teremos as propagandas pelo rádio e pela televisão. Neste mesmo dia 03 teremos um último debate entre os candidatos que concorrem à cadeira do Edifício Matarazzo, que será apresentado pelo Rede Globo. 

Um intervalo de três dias, onde tudo pode acontecer, inclusive nada. Todos os cenários estão sendo cogitados neste momento. Um percalço da candidatura de Ricardo Nunes, nesta reta final, principalmente depois da repercussão negativa de uma pergunta sem resposta, envolvendo um tema delicado, algo que deverá voltar a ser replicado no debate da Rede Globo. Uma fala infeliz do candidato Pablo Marçal sobre o voto das mulheres inteligentes, afirmando que elas não costumam votar em candidatas mulheres. É curioso, mas Tabata Amaral, ainda muito longe do pelotão da frente, vem crescendo nas pesquisas acima da margem de erro. 

A possibilidade de mais fake news disseminadas contra o candidato Guilherme Boulos, que não reuniria mais condições de respondê-las, em razão da exiguidade de tempo. Um dos candidatos já afirmou que teríamos mais novidades nesta reta final de campanha. Pelo seu perfil de franco-atirador, tudo é possível. Um segundo turno é certo, mas, hoje, apostar na absoluta certeza de quem, entre os concorrentes, seguirá em frente passou a ser uma aposta temerária.