Os colunistas de política até se esforçam para debater o processo sucessório no Recife, mas é forçoso reconhecer que entramos num estágio de letargia sem precedentes. Os atores insatisfeitos da Frente avançam timidamente no debate, o PT aprofunda o fosso em que se meteu e a oposição continua batendo cabeça. Conforme informamos ontem, em capitais importantes já foram firmados acordos entre o DEM e o PSDB. No Recife, o imbróglio permanece, sinalizando que esses partidos pretendem seguir carreira solo. As notícias publicadas pela imprensa nos últimos dias são notícias de fim de feira, de liquidação, lá pelas 05h:00 da tarde, onde se compra por tuia. É tautológico, por exemplo, afirmar que as disputas internas do PT dificultam a definição de um candidato; que o PT, seja qual for o candidato escolhido, vai cindido para o pleito; que a CNB deve dar as cartas na escolha do nome do partido etc. Que o bom-senso ilumine os políticos pernambucanos para retomarmos um debate sério sobre os problemas da cidade, suas possíveis soluções. Iniciativas neste sentido já foram tomadas por alguns atores, mas a imprensa, como sempre, parece ter preferência sobre as indisposições de João da Costa com Humberto Costa, a intervenção da CNB no diretório do Partido, o apoio de delegados do OP aos projeto de reeleição de João da Costa. Depois que retornei das férias, ando a procura de um “fato novo” que nos instigue a dar continuidade a série de artigos que estamos publicando no blog e no site da Fundação Joaquim Nabuco.
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