“E o primeiro efeito”. Assim falou o senador Renan Calheiro quando foi informado sobre o rompimento da bancada de senadores do PR com o Governo Dilma Rousseff. Outro alagoano, o senador Fernando Collor de Mello lembrou seu impeachment para desaconselhar a presidente Dilma sobre esse enfrentamento e ingerência no Legislativo. Falava-se muito sobre a incompetência de Luiz Sérgio na condução da articulação política do Governo. Na realidade, o trabalho de Luiz Sérgio – conforme comentamos em outras ocasiões - se assemelhava a você amarrar o sujeito com um peso enorme e depois exigir dele agilidade. Luiz Sérgio nunca contou com o apoio do Planalto e essa é a mais pura realidade. Por outro lado, aposto que Luiz Sérgio – que era conhecido como “garçon” – não cometeria tamanho amadorismo na relação com o Legislativo como ocorreu recentemente. Claro que essas ações tem o patrocínio direto da presidente Dilma, mas competia a Ideli Salvatti, pelo menos, antecipar-lhes as consequências desses atos. Não o fez. Nas últimas horas Dilma cometeu atitudes eticamente corretas, mas politicamente equivocadas na sua relação com o Congresso e com a Câmara dos Deputados. Já antecipou que não deseja Renan Calheiros na presidência do Senado e, depois de recusar 05 nomes propostos pelo PR para o Ministério dos Transportes, de quebra nomeou para líder do Governo no Senado Federal, Eduardo Braga, um desafeto de Alfredo Nascimento na política amazonense. É encrenca demais, Dilma. Nas atuais circunstâncias, segundo cálculo de um governista, Renan venceria qualquer candidato que tivesse o apoio do Planalto. O PMDB é um partido de soma zero e maximiza unicamente seus próprios interesses. Sem cargos, eles minam os governantes de plantão e preparam o desembarque da nave.
Nenhum comentário:
Postar um comentário