Há três capitais onde fica patente a crise de convivência
entre o PT e o PSB. Recife, Fortaleza e Belo Horizonte. No Recife, com o
lançamento da candidatura de Geraldo Júlio, do PSB, embora as principais
lideranças dos dois partidos, em público, neguem as evidências, o processo de
rompimento entre as duas legendas tornou-se irreversível. Em Fortaleza, numa
estreitamento da relação PSB/PMDB, os irmãos Ferreira Gomes anunciaram que
terão candidato à capital do Ceará, negando-se a apoiarem o nome apresentado
pela prefeita Luizianne Lins, do PT, Elmano Freitas. Em Belo Horizonte, num
episódio que alguns já estão classificando como uma espécie de “troco” em relação
à atitude do PSB no Recife, numa aliança bastante costurada e aparentemente
consolidada, o PT anuncia que terá candidato próprio, deixando de apoiar o nome
de Márcio Lacerda, surpreendendo tucanos e socialistas, que classificaram a
atitude como oportunista. O PT lançou o nome de Patrus Ananias, que durante o
Governo Lula, cuidava da área social, inclusive o Programa Bolsa Família. Os
mandachuvas dos partidos envolvidos estão em campo na tentativa de reverter
esse quadro. Há quem aposte na possibilidade de o PT voltar atrás, sobretudo em
razão das centenas de cargos que ocupam na administração pública da capital
mineira. Embora esse quadro venha se repetindo noutras praças, como João
Pessoa, por exemplo, o que ocorre no chamado Triângulo das Bermudas, pode fazer sumir em definitivo as
esperanças de um entendimento entre as duas legendas.
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