sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Daniel Coelho: Um possível segundo turno?


O que poderá ocorrer com a candidatura do PSDB à Prefeitura da Cidade do Recife, representada pelo deputado estadual Daniel Coelho, é uma incógnita. Analisando os dados da pesquisa do IPMN, cujos números causaram um verdadeiro frisson nas hostes petistas ao apresentar o candidato do PSB abrindo 08 pontos de diferença sobre Humberto Costa, o economista Maurício Romão observa – corretamente – que Daniel Coelho é o único que pode comemorar os possíveis efeitos do Guia Eleitoral pelo rádio e televisão. Na realidade, ele teve uma arrancada vertiginosa depois do Guia, ultrapassando Mendonça Filho (DEM) e assumindo a terceira posição. Numa avaliação de seu staff de campanha, nos planos traçados inicialmente, ele já teria atingido seus objetivos, ou seja, pavimentar um palanque para a candidatura presidencial do senador Aécio Neves em 2014. O candidato, naturalmente, alimenta a expectativa de ir para o segundo turno, provocando uma situação inusitada na quadra política recifense. Caso isso ocorra, os coordenadores da campanha de Geraldo Júlio terão que apressar o passo no sentido de fechar a fatura ainda no primeiro turno, um quadro que, no momento, ainda não se configurou. Eles possuem uma estratégia de campanha montada numa disputa com o candidato do PT. O PT, por sua vez, caso ocorra um segundo turno entre Daniel Coelho e Geraldo Júlio, contingenciado pelo pragmatismo da realpolitik, poderá apoiar o nome de Daniel, reeditando no Recife, a experiência malograda em Belo Horizonte recentemente. Neutros eles não ficarão e uma reaproximação com o PSB, neste momento, em razão do clima de intensa animosidade, seria mais improvável do que justificar uma união com o tucano de bico verde. A situação ficaria mais confortável para Geraldo Júlio, num eventual segundo turno com Humberto Costa, onde, certamente o mandachuva do PSDB, Sérgio Guerra, bateria o martelo em favor do apoio do partido ao candidato do Campo das Princesas. O curioso, fato apontado por Romão, é que o PT, no ritmo de decréscimo que vem apresentando, já se encontra abaixo do seu reduto tradicional de penetração no eleitorado da capital, em torno de 30%. É bom frisar que o candidato Daniel Coelho apresentou uma ligeira oscilação para baixo em relação à pesquisa do IBOPE, mas nos parece que ainda na margem de erro do Instituto.   
(crédito da foto: Léo Motta)

Nenhum comentário:

Postar um comentário