Ao antecipar a corrida presidencial de 2014 para 2013, Lula,
literalmente, retirou Aécio Neves da zona de conforto do ninho tucano. Para
alguns analistas, a estratégia de Lula seria a de reeditar a eterna rinha
PSDB/PT, possivelmente, retomando as inevitáveis comparações entre o seu
governo e o governo de Fernando Henrique Cardoso. A julgar pelas declarações
logo após o seminário tucano ocorrido em Minas Gerais, FHC parece ter engolido
a isca. Neste cenário, eis que surge um fato novo, uma provável candidatura
presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. A contraposição à
rinha, às arengas, aliás, é um discurso muito bem utilizado por Eduardo Campos,
um realizador de obras. Eduardo, aliás, já começa a construir, a partir daí,
uma narrativa discursiva pós-petista, o que ficou longe de se ver no discurso
insosso do senador Aécio Neves, que, segundo Elio Gaspari, tinha muitas
opiniões – algumas delas críticas pertinentes ao Partido dos Trabalhadores -
sem que essas constituíssem um ponto de vista. Pelo andar da carruagem, vão
continuar nesse diapasão até outubro de 2014. Os tucanos padecem de
“demofobia”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário