De temperamento forte, segundo dizem, a presidente Dilma Rousseff já
teria lavado as mãos em torno do governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, emborá lá no fundo, bem no fundo, Lula ainda alimente uma
ligeira possibilidade de convencer o amigo a voltar ao aconchego da
base aliada. Depois da repercussão das informações que davam conta de
que ele estaria tirando o pé do acelerador, mais recentemente, outras
informações da crônica política não apenas indicam que ele voltou a
empurrar o pé para derrubar a cerca, como também atingiu um ponto sem
retorno. Como diria Leonel Brizola, se vivo fosse, não haveria mais
combustível suficiente para a aeronave socialista retornar ao porto
seguro da base aliada. Se não, vejamos: mimado pelo Planalto, o Ministro
da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, assume claramente uma
postura governista, contrariando, no interior da agremiação, as
expectativas em torno de uma candidatura presidencial do seu padrinho
político. Durante a inauguração de obras do Governo Federal no Estado,
tomou a liberdade de se contrapor ao slogan que vem sendo utilizado por
Eduardo Campos, aludindo que é possível fazer mais, melhor e bem feito.
Apesar de uma defesa pública do prefeito Geraldo Júlio, raposa velha na
política, o ministro sabe de suas dificuldades com o PSB local. O
cardápio do Palácio do Campo da Princesas para 2014, certamente, será
bode frito. Ops! Eu disse bode? Não seria coelho? O jornalista Jota Nogueira, do Diário de Pernambuco, em seu
blog, no dia de hoje, informa que caciques petistas, acostumados a
interpretar as fumaças que saem da cozinha do Campo das Princesas,
também já teriam perdido as esperanças de tê-lo de volta. Em encontro
recente, Eduardo Campos fez duras críticas ao Programa Bolsa Família, o
carro-chefe da campanha à reeleição de Dilma Rousseff. Ainda não é
suficiente? Eduardo Campos não tem esboçado nenhuma reação à aproximação
dos urubus voando de costa. A fauna cresce a cada dia. O mais recente
integrante é o ex-ministro de FHC, Jorge Bornhausen, um conservador
assumido. Dr. Miguel Arraes, lá onde ele se encontra, deve estar
profundamente magoado com os caminhos que o neto vem trilhando.
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