Uma das lideranças do PT no Estado, Oscar Barreto, afirmou recentemente
que o partido não é barriga de aluguel, informando que a agramiação tem
uma história de luta que não pode ser abandonada.
As declarações vieram na esteira das especulações em torno de uma
possível filiação do Ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra
Coelho, à legenda, habilitando-se a concorrer ao Governo do Estado pelo
partido em 2014. Setores do partido rejeitam a idéia de ter em seus
quadros alguém com o perfil de Fernando Bezerra Coelho, que já esteve
filiado a partidos que deram sustentação ao Regime Militar. Em alguns
Estados da federação, pontualmente, ainda se estabelecem esses embates
ideológicos, sobretudo se o partido ainda não perdeu seus laços orgânico
com os movimentos sociais ou as correntes tidas como "radicais" ainda
consigam fazer algum barulho. Tem sido assim sobretudo no Maranhão onde,
nas eleições passadas, as decisões do diretório estadual da legenda
foram grotescamente desrespeitadas pela Executiva Nacional, que impôs ao
partido o apoio ao nome de Roseana Sarney ao Governo do Estado, quando a
tendência seria o partido apoiar o nome do candidato do PCdoB, Flávio
Dino. A quadra do Maranhão, aliás, tem sido um dos maiores problemas da
coalizão PTxPMDB. O PT tem sido um dos maiores opositores dos Sarney no
Estado, arranhando a aliança estabelecida no plano nacional. Aqui em
Pernambuco, por uma série de circunstâncias, o PT já não reúne as
condições efetivas de apostar na tese do ideologicamente orientado ou
advogar 'questões de princípios', seja lá o que isso signifique para uma legenda que, na bacia semântica de Gilbert Durand, já foi incorporado pelo status quo da sociedade brasileira com todas as suas consequências.
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