Sob pressão, para onde vai o ministro FBC?
O interesse do ministro da Integração Nacional
(PSB) em disputar o Governo de Pernambuco já lhe teria rendido convites
para ingressar em outras legendas; as primeiras especulações apontavam
que o PT, desejoso por enfraquecer os planos nacionais do governador
Eduardo Campos (PSB), estaria disposto a apoiar o ministro caso ele
abandone a sigla socialista; entre as opções estão ingressar no próprio
PT, PMDB, PSD ou ainda o PP; e se os interessados são muitos os
problemas também são e caso venha a se desfiliar do PSB, Bezerra
enfrentaria problemas em qualquer uma das legendas visadas; para o PSB,
porém, o ministro está firme e o burburinho em torno da sua saída é mera
especulação
Paulo Emílio_PE247 - O interesse do ministro da
Integração Nacional (PSB) em disputar o Governo de Pernambuco já lhe
teria rendido convites para ingressar em outras legendas. As primeiras
especulações apontavam que o PT, desejoso por enfraquecer os planos
nacionais do governador Eduardo Campos (PSB), estaria disposto a apoiar a
postulação do ministro dsede que ele abandone a sigla socialista. Neste
ponto, ele poderia ir para o próprio PT, o PMDB ,o PSD do ex-prefeito
de Gilberto Kassab, ou ainda o PP. Mas caso venha a se desfilar do PSB,
Bezerra enfrentaria problemas em qualquer das legendas visadas. Para o
PSB, porém, o ministro está firme junto ao partido e o burburinho em
torno da sua saída é mera especulação.
A sinalização para a saída de FBC da legenda socialista, teria
partido próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo uma
fonte do jornal Folha de Pernambuco, FBC teria participado de uma
reunião com Lula, na última quarta-feira, em Brasília, onde este teria
garantido o apoio do PT em torno da sua candidatura. Ainda segundo o
jornal, Lula teria assinalado que esperava que Eduardo saísse candidato
apenas em 2018, quando teria o seu apoio.
“Eduardo queria ser candidato a presidente com o apoio de Lula, mas
isso não vai ocorrer. Fernando Bezerra Coelho queria ser candidato a
governador com apoio de Eduardo, mas isso também não vai ocorrer. Mas o
ministro será candidato com o apoio de Lula”, teria dito a fonte. Caso a
situação se confirme, FBC seria praticamente empurrado para o PMDB, uma
vez que setores do PT possuem uma série de reservas quanto ao seu nome.
Mas mesmo contando com um possível empurrão de Lula e da presidente
Dilma Rousseff (PT), o ingresso do ministro no PMDB é visto como um
possível foco de problemas. “O PMDB pernambucano é majoritariamente
inclinado a apoiar a candidatura de Eduardo. O fim da verticalização
partidária, onde pode haver palanques estaduais não alinhados com o
posicionamento nacional do partido, permite esta possibilidade. Resta
saber se o PMDB vai promover
uma intervenção no diretório estadual ou mudar o estatuto, proibindo
alianças desalinhadas da direção nacional, somente por conta de
Pernambuco? Se fizer intervenção, também terá que fazer na Bahia e no
Mato Grosso, por exemplo, onde em nível estadual o PMDB também não tem
interesse em apoiar o palanque do PT”, analisa em reserva um
peemedebista. Neste caso, haveria uma briga jurídica que acabaria por
minar as chances de FBC concorrer ao palácio do Campo das Princesas pelo
PMDB.
Uma outra alternativa oferecida ao ministro seria ingressar nos
quadro do PSD. Neste ponto, o presidente nacional da legenda, Gilberto
Kassab, que tem interesse em ampliar com candidaturas competitivas a sua
esfera de influência, já teria colocado o partido disposição de FBC.
Apesar do presidente estadual do partido, André de Paula, já ter
manifestado que a legenda pretende apoiar uma possível candidatura
socialista, Bezerra conta com a pressão da executiva nacional e também
por parte do PT para reverter esta posição.
Restaria o PP, cujo presidente em Pernambuco, deputado federal
Eduardo da Fonte, já afirmou que o partido irá “reivindicar espaço na
chapa majoritária”, independente do campo político que venha a apoiar.
Nas últimas eleições, o PP integrou a Frente Popular de Pernambuco,
aliança de partidos encabeçada pelo PSB de Eduardo Campos. Apesar de
possuir a quinta maior bancada da Câmara Federal – atrás do PT, PMDB,
PSDB e PSD – o PP não possui grande expressão em nível estadual, o que
poderia ser um empecilho aos planos de FBC frente a outros potenciais
pré-candidatos.
Assim como Bezerra, o senador Armando Monteiro (PTB) é outro que
espera ser o ungido por Campos para sucedê-lo. Caso ele não conte com o
apoio do PSB, deverá tentar um voo solo rumo ao Palácio do Campos das
Princesas. Por outro lado, o vice-governador, João Lyra Neto (PDT),
também estaria negociando o seu ingresso na legenda socialista, o que
torna ainda mais complicada a possibilidade que FBC saia do partido sem
ter um palanque forte para apoiá-lo no pleito eleitoral.
Apesar das movimentações e dos rumores, FBC tem afirmado que
permanecerá integrado aos quadros do PSB . Para a cúpula da legenda, as
especulações em torno da saída do ministro visando concorrer ao Governo
do Estado por outro partido é algo que parece fora de cogitação. “O
Fernando goza de total confiança dentro do PSB. Ele sempre demonstrou
lealdade e está plenamente integrado ao PSB. Não temos razão para
acreditar neste tipo de burburinho”, diz o líder do PSB na Câmara e um
dos principais interlocutores de Campos no Congresso, deputado Beto
Albuquerque.
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