Pelo andar da carruagem política, o Governo do Estado da Paraíba, ainda deve dar muitas explicações sobre o "Escândalo da Granja Santana", nas eleições de 2014. O escândalo ocorreu em 2013, mas está sob investigação dos órgãos de fiscalização do Estado, ainda sem um posicionamento final. O questionamento diz respeito às compras realizadas pela primeira-dama do Estado, Pâmela Bório, para o abastecimento da Granja Santana, uma espécie de segunda residência oficial do Governo. Um cardápio de fazer inveja aos grandes mestres da cozinha. Incluía cauda de lagosta de primeira, bacalhau do porto, carne de carneiro sem osso, filé de peixes - alguns em estado de extinção -, um berço, itens para cama, mesa e banho, além de 460 latas de farinha láctea para consumo em 30 dias. Não lembro agora de todos os itens, mas posso afirmar que, de fato, trata-se de um escândalo, que ganhou dimensões nacionais. Os paraibanos parecem não economizar quando o assunto é gastronomia, sobretudo quando se trata do dinheiro público. Um senador daquele Estado, recentemente, torrou R$ 7.500 reais, bancados pelo Senado Federal, num jantar no Rio de Janeiro. Aos domingos, formam-se filas para a "espera" da "espera" de uma mesa num dos restaurantes mais "chico" - como diria Maria Luísa, minha caçula - de João Pessoa, o Mangai, na orla da praia de Manaíra. Os possíveis adversários do governador Ricardo Coutinho já estão afiando as garras. Talvez o resultado dessas investigações ainda sejam conhecidos em 2014. Não se entende, também, o porque da aquisição de um berço. A última criança nascida na Granja Santana foi o escritor João Suassuna, lá pela década de 20, quando o seu pai foi governador do Estado. A Paraíba, possivelmente, é o único Estado da Federação que possui uma Granja como residência oficial. Talvez seja o momento de reavaliar essa questão.
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