sábado, 19 de abril de 2014

Palácio já acusa as dificuldades da candidatura de Paulo Câmara

As circunstâncias, não raro, por vezes são determinantes na política. Outro dia estávamos lamentando aqui pelo face o fato de nunca ter dado um voto ao ex-governador Leonel Brizola. É que Lula também estava na cédula eleitoral. Certamente Paulo Câmara não seria o nome da preferência do governador Eduardo Campos para concorrer à sua sucessão no Palácio do Campo das Princesas. Aqui em Pernambuco, um famoso sociólogo apoiou a Ditadura Militar de 1964, segundo dizem, com o objetivo de ser nomeado governador do Estado. Os militares até mantinham uma boa relação com o dito cujo, mas optaram por não nomeá-lo governador. Era muito vaidoso. Uma vaidade que incomodava até mesmo os militares. No caso de Paulo Câmara talvez fosse melhor mantê-lo onde ele estava, em seu gabinete, cuidando de melhorar as finanças do Estado. Ele não é do meio nem nos parece muito predisposto a mudar sua personalidade a essa altura do campeonato. O Palácio terá muita dificuldade em reverter essa situação. O convite a Raul Henry e FBC para compor a chapa talvez não seja suficiente para imprimir ao candidato o timming que uma candidatura majoritária requer. Contingenciado pela circunstância de uma campanha cerrada movida pela mídia contra a "sucessão familiar" em Pernambuco, Eduardo limitou seu leque de opções. Também estava em jogo sua postulação presidencial. Um blog chapa-branca local insinua que os assessores já estariam preocupados com o andar da carruagem política. Para completar o enredo, em razão da disputa presidencial, Eduardo mudou-se de mala e cuia para São Paulo. Nas eleições passadas, na Paraíba, o governador Ricardo Coutinho(PSB), por capricho, tirou do colete o nome de uma candidata que também não apresentava o perfil ideal, abandonando Luciano Agra, um dos melhores prefeitos de capitais. Confiou demais no seu taco. Volto a repetir. Eleição não é concurso de bumbum. Quando o caboclo gosta do material, dá logo nota 10 a todas as candidatas. O resultado é que Agra aliou-se a Cartaxo(PT) e ambos derrotaram a "arrogância e a prepotência".

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