Há alguns fatos surpreendentes sobre a violência no Estado da Paraíba.É como se, surpreendentemente, um Estado - aparentemente calmo - fosse sacudido por uma onde de violência inimaginável, colocando a sua capital - João Pessoa - como uma das cidades mais violentas do Brasil, sobretudo sua periferia, aqui representada pelos bairros de Valentina, Mangabeira, entre outros. Em apenas um anos, os índices de homicídio aumentaram em 286%. Evidentemente que, salvo em casos excepcionais, a violência não explode do dia para a noite. Havia algo de podre naquela aparente tranquilidade. Bairros como Varadouro, na cidade velha, transformaram-se em verdadeiras cracolândia. A Feira de Oitizeiros, realizada aos domingos, continua comercializando armas, como quem comercializa bananas. Algumas pousadas do centro, em razão da decadência, transformaram-se verdadeiros puteiros, desses que o caboclo só conta com um caneco d'água para lavar o pinto depois de usado. Não se pode elencar essas questões como sendo as causas das eclosão da violência naquela Estado., embora, de algum modo, elas possam ser associadas. A situação é bem mais complexa, como a ausência de de políticas públicas permanentes, no sentido de enfrentar os elementos desencadeadores da violência, como os baixos indicadores sociais, entre outros tantos fatores. Mas, discutir as causas da violência no Estado da Paraíba não é nossa proposta, dada a complexidade do assunto. O que nos vem à mente quando se fala no assunto é, na realidade, as suas consequências, como o assalto recente do qual foi vítima o ex-prefeito da capital, Luciano Agra. Agra e família foram assaltados em Santa Rita, ao tomarem uma estrada vicinal, dadas as condições precárias das vias tradicionais. Estava com a filha, o genro e a secretária de meio ambiente da capital. Pouco tempo depois do assalto, teriam sido abordados pelos mesmos bandidos que, ao identificarem as vítimas, os deixaram em paz. Segundo informações obtidas pelo blog, os assaltantes eram jovens, de, no máximo, 18 anos de idade. Informações obtidas com nossos contatos no Estado, dão conta que, hoje, Santa Rita é abrigo dos mais perigosos assaltantes do Estado. Lamentavelmente, um local que deve ser evitado. Infelizmente, é a nossa realidade. A Zona da Mata de Alagoas está entregue à bandidagem e aos grupos de extermínio. É uma aventura conhecer a terra dos quilombos. Cidades como Palmeiras dos Índios, Viçosa, Quebrangulo, União dos Palmares apresentam um alto índice de violência, atingindo, sobretudo, a população de adolescentes negros. Frequento João Pessoa já faz algum tempo. Felizmente, nunca fui vítima desse tipo de abordagem. Não deixarei de frequentá-la, apreciar seus encantos, tomar um chopp na orla de Tambaú, frequentar seu mercado de frutas, sua peixaria, comer aquela tapioca em algum quiosque próximo ao Hotel, almoçar no Mangai, tomar um sorvete de cachaça na Ponta dos Seixas. Até mesmo a região do Brejo Paraibano já não é tão tranquilo, exigindo-se alguns cuidados. Não se pode apreciar aquela culinária regada a carneiro gordo, cuscuz e um café bem forte, em qualquer boteco.
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