quarta-feira, 2 de julho de 2014

O DEM realiza o seu velório... digo Convenção Nacional.


O DEM definha, em estado terminal. No dia de ontem, realizou sua convenção nacional, em Brasília, onde apenas alguns gatos pingados compareceram ao velório. Em Pernambuco, reeditando uma velha aliança com o ex-governador Jarbas Vasconcelos, a União por Pernambuco, seus líderes resolveram aderir ao Palácio do Campo das Princesas, compondo o arco de partidos que dão sustentação ao Governo, numa tentativa desesperado de permitir a sobrevida de alguns próceres representantes da legenda no Estado. No plano nacional, vão de Aécio Neves(PSDB). Penso que os únicos Estados da Federação onde o partido ainda mantém  uma situação relativamente confortável é o Rio Grande do Norte, com a família Maia, e na Bahia, com ACM Neto, herdeiro do espólio político do carlismo. Na província, ilustres remanescentes do "macielismo" até abandonaram a vida pública ou seguiram outros rumos partidários. A pergunta que se faz é o que ocorreu com essa agremiação, que tentou, mais de uma vez, sair da UTI do sistema partidário brasileiro? Atribui-se a um ilustre cientista político pernambucano a realização de pesquisas junto ao eleitorado no sentido de propor uma "renovação" à agremiação. Inclusive a sigla "DEM", embora ruim, teria sido criada a partir desses seminários. As outras sugestões seriam ainda mais infelizes.Há situações que não há como equacionar. Penso ser este o caso do DEM. As propostas dos democratas foram superadas, tornaram obsoletas, seus líderes envelheceram não apenas do ponto de vista físico mas, sobretudo, no campo das ideias. Até mesmo aquela tradicional base de apoios políticos junto a um eleitorado de perfil conservador migrou para outras agremiações. Quem sempre se posiciona sobre o programa do partido é o ex-Ministro Gustavo Krause. Krause é uma espécie de ideólogo da agremiação. Talvez fosse muito interessante ouvi-lo nesse momento. Quem sabe ele não tem uma explicação sobre o crescente processo de degenerescência da agremiação? O fato de ter sido uma sigla associada aos militares, possivelmente, é um dos fatores, mas talvez não único. 

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