Passei a ler com mais assiduidade o jornalista Elio Gaspari depois de uma série de livros publicados por ele sobre a Ditadura Militar no Brasil. Já havia lido muita gente boa sobre o assunto, mas fiquei impressionado com a qualidade das informações que ele reuniu a respeito do assunto. Logo em seguida fiquei sabendo que ele foi contemplado com uma bolsa de estudos e mergulhou fundo nos arquivos de uma dessas instituições americanas. Sabe-se que um bom material de pesquisa é fundamental para a produção acadêmica. Estava explicado porque seus livros apresentavam informações até então desconhecidas pelos leitores. No último domingo, li sua coluna semanal, publicada originalmente no Globo. Nela, além dos escândalos no coração - ou seria melhor cérebro - da Receita Federal, uma matéria sobre a abertura de novas salas de museus no Rio de Janeiro. Com a carência que temos de equipamentos culturais para a população, este país precisa de milhares de bibliotecas, cinemas e museus. Há centenas de municípios no país que não possuem sequer um desses equipamentos, sobretudo em regiões como o Norte e o Nordeste. O Sudeste, a rigor, é uma região relativamente privilegiada. No Rio estão sendo construídos dois novos museus, enquanto o Museu da Cidade está fechado desde 2011. Segundo Gaspari, cuida-se primeiro dos prédios e somente depois - muito depois - do acervo. Talvez fosse o caso de inverter essa ordem.
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