segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Editorial: Como está a corrida eleitoral em São Paulo



Ontem, aqui em Pernambuco, tivemos uma festa da democracia com a realização das convenções de alguns dos candidatos que disputarão o Palácio do Campo das Princesas nas próximas eleições. Apesar da verdadeira guerra de torcidas, tudo ocorreu na mais absoluta normalidade, com os concorrentes trazendo, em seus discursos, muito mais do que as críticas, as propostas para tirar o Estado de Pernambuco do limbo em que se encontra depois do desastre administrativo das últimas gestões. 

Hoje, segunda-feira, primeiro de agosto, ganha destaque na imprensa nacional uma nova pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas sobre a corrida eleitoral no Estado de São Paulo, com o desempenho dos principais concorrentes, no plano nacional, ao Palácio do Planalto. Por razões óbvias, sempre chama muito a atenção os levantamentos de desempenho dos candidatos naquele Estado, o maior colégio eleitoral do país, posto que São Paulo se constitue numa espécie de "termômetro eleitoral" para o país. 

Naquela praça, por exemplo, o candidato do PT ao Governo do Estado, Fernando Haddad(PT-SP), lidera as pesquisas de intenção de voto, mas Lula, embora esteja à frente do seu principal concorrente no plano nacional, ali aparece atrás do candidato Jair Bolsonaro(PL), ainda que no limite da margem de erro do Instituto, de 2,3 pontos percentuais para mais ou para menos. O tucano Rodrigo Garcia, que vinha num ritmo frenético, parece ter moderado o fôlego neste último levantamento, mas continua crescendo, a partir de levantamentos anteriores do próprio Instituto. Pontuava com um pouco mais de 9% no último levantamento e agora crava 14%.

O representante do bolsonarismo naquele Estado, o ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, do Progressistas, aparece em segundo lugar, com algo em torno de 10 pontos de diferença para o líder, Fernando Haddad, do PT. Enquanto Tarcísio crava 22,5% das intenções de voto, o petista assinala 33,2% das intenções de voto. Apesar de bater Lula, numericamente, naquele Estado, como se sabe, a relação entre Tarcísio é de indisposição com grupos ligados ao bolsonarismo, o que significa dizer que a transferência de votos de Bolsonaro para Tarcísio não seria assim tão orgânica. 

Segundo alguns observadores da cena política naquele Estado, o staff de campanha do tucano Rodrigo Garcia, aguarda o início da propaganda eleitoral pela televisão para continuar avançando, desta vez construindo uma narrativa de contraposição em relação, neste primeiro momento, contra o representante do bolsonarismo no Estado. Apesar da liderança neste momento, há quem advogue que o candidato do PT enfrentará muitas dificuldades daqui para a frente, num Estado com segmentos eleitorais francamente hostis ao petismo, principalmente no interior. Eis os números no plano nacional: A pesquisa ouviu 1.880 pessoas, entre os dias 25 e 28 de julho de 2022, com margem de erro de 2,3 pontos percentuais para mais ou para menos. TSE: SP 03818\2022. 

Jair Bolsonaro(PL)        40,1%

Lula(PT)                  36,2%

Ciro Gomes(PDT)           7,1%

Simone Tebet(MDB)         1,7%


Nenhum comentário:

Postar um comentário