segunda-feira, 1 de agosto de 2022

Editorial: O tom afinado entre o TSE e o STF na volta dos trabalhos



Pelo mundo, o Governo Americano anuncia a morte do médico Ayman Al-Zawahiri, através de uma operação militar com ataque de drone, em espaço aéreo do Afeganistão. Pelas informações divulgadas, Ayman Al-Zawahiri, que substituiu Osama Bin Laden no comando da Al Qaeda, seria um dos responsáveis pelos ataques do 11 de setembro. Esses aparatos tecnológicos têm sido usados com relativa regularidade pelo Governo Americano, sempre com críticas dos opositores sobre violação de direitos internacionais, como este último no Afeganistão. 

Mas, como diria o cronista Rubem Braga, a notícia mais importante está no nosso quintal, ou mais precisamente, nos corredores do  Tribunal Superior Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal. Nem se os ministros daquelas duas Cortes tivessem ensaiado teriam produzidos discursos tão convergentes na condenação das mentiras, do desrespeito às regras do jogo democrático e na defesa intransigente dos princípios que norteiam nossa democracia. 

Os ministros Edson Fachin, Luiz Roberto Barroso, Luiz Fux e Alexandre de Moraes deram o tom do entendimento e da linha de ações que serão adotadas para a gestão do processo eleitoral que teremos pela frente. Da fala de Barroso, destaco sua observação de que a mentira precisa voltar a assumir seu verdadeiro status, de algo falso, pernicioso, danoso, que precisa ser repelido. Como se sabe, nesses tempos bicudos que passamos a viver no país, as fake news, em alguns casos, passaram a assumir status de verdades absolutas, conduzidas por aparatos tecnológicos, plantadas para destruir a reputação dos adversários. A mentira tornou-se uma arma política poderosa nas mãos de atores políticos inescrupulosos. Tal expediente não se coaduna no escopo de um regime democrático. 

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