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A impressão que se tem é a de que, embora com 37 ministérios previstos, ainda teremos que ouvir o coro dos insatisfeitos em relação ao fato de não terem sido contemplados na formação dos auxiliares mais diretos do futuro Governo Lula. Como já afirmamos por aqui antes, a solução do segundo escalão pode até ser uma alternativa melhor em termos de benefícios pessoais, além de evitar uma exposição demasiada e cobranças de resultados mais efetivos. Um prócere ator político petista, desde o início das articulações, optou por um banco estatal e eacreditamos que não se arrependerá.
Receberá muito mais do que um ministro de Estado, além das regalias de plano de aposentadoria privada, plano de saúde perpétuo, seguro de vida e possivelmente benefícios financeiros agregados ao salário. Não ganhará os holofotes, mas quem precisa de holofotes diante de tantos benefícios? Na composição do ministério tem algumas coisas esquisitas, como a indicação de um Minitério de Portos e Aeroportos para o Márcio França ou o de Ciência e Tecnologia para a comunista Luciana Santos, aqui do Estado de Pernambuco. O PSB tem uma tradição de ocupação dessa pasta. Pelo menos tecnicamente, a indicação de Luciana parece convergir, pois ela é formada em Engenharia.
Ainda falta o anúncio de 13 nomes, que Lula pretende anunciar o mais breve possível, talvez até segunda-feira. Se a cota dos socialistas estiver encerrada, há um nome que ficou de fora e deve ocupar algum cargo no segundo escalão. Outro grande impasse tem sido encontrar um espaço para a ex-senadora Simone Tebet, que já teria afirmado que não aceitaria um ministério decorativo. Por outro lado, há grandes acertos, como os nomes de Flávio Dino - que, se o leitor nos permite a expressão, já está botando para lascar antes mesmo de assumir de fato-Anielle Franco para a Igualdade Racial; Sílvio Almeida para os Direitos Humanos; Nísia Trindade para a Saúde.
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