sexta-feira, 2 de junho de 2023

Editorial: Qual a indicação para o STF que não teve algum componente político?



A grande imprensa, como já seria esperado, não perdoa Lula pela indicação do seu advogado, Cristiano Zanin, para uma das vagas abertas no Supremo Tribunal Federal. O critério da impessoalidade, que deve reger os negócios de Estado, é o mais invocado nas ponderações críticas dirigidas ao chefe da nação. Alguns desses grandes órgão já decidiram, aprioristicamente, caçar Lula, procurando, a todo momento, motivos para criticá-lo. Vão procurar sempre os equívocos na condução da gestão do petista. Um desses órgãos, diariamente, massacra o Governo Lula em seus editorais. 

As pessoaas esquecem que, lá atrás, quando indicou o primeiro jurista negro para a nossa Suprema Corte, Lula orientou-se por um critério essencialmente republicano, a questão era quebrar um paradigma, uma vez que a Corte era uma Corte de homens brancos. Lula, sequer, conhecia Joaquim Barbosa, indicado pelo seu então Ministro da Justiça, Márcio Thomas Bastos, depois de prospectar com uma lupa alguém que se encaixasse no perfil exigido pelo presidente. A questao é a seguinte: qual a indicação para o STF que não teve algum componente político? Os dois nomes indicados por Bolsoanro recaiu sobre pessoas de sua estrita confiança, gente do seu núcleo duro. 

Os tempos são outros, bem mais difíceis. A possibilidade de uma desforra pessoal até existe. O ambiente político está preocupadamente polarizado. Vocês conseguem imaginar a cara do Russo com a indicação de Zanim para o STF. O Russo, na realidade, até chegou à Suprema Corte, mas como réu. Promete-se um grande embate na sabatina do Senado Federal, contrariando as formalidades de praxe. Já estamos preparando a pipoca.    

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