Assim como alguns órgãos de inteligência no passado - que esqueceram completamente os preparativos da tentativa do golpe de Estado - este editor também andou passando em branco acerca das mobilizações dos bolsonaristas radicais, programadas para o dia de hoje, 15 de novembro. Há muito tempo que eles estão se preparando para tais manifestações deste dia, que ocorrerem pelo país afora. Nada que se compare àquelas grandes mobilizações bolsonaristas - vamos admitir que eles são bons nisso - mas estão surgindo agumas imagens nas redes sociais, tratando deste assunto.
Aferições são sempre controversas ou, mais precisamente, nessa era de pós-verdade, inúteis. Cada qual tem seus números, cada qual sugerem o sucesso ou o fracasso dessas mobilizações. É tudo uma questão de "narrativas". No final e ao cabo, não haverá quem convença os bolsonaristas radicais sobre um eventual malogro das mobilizações, assim como não haverá quem convença os petistas de seu sucesso. Um dado aqui confirma as discussões levantadas por nossas postagens anteriores, advertindo que estávamos prestes a mergulhar numa espiral institucional perigosa.
Dificuldades com a condução da política econômica, torniquetes aplicados pelo Poder Legislativo e, agora, as mobilização de rua focadas no #ForaLula. Parece até um filme já visto antes, na Era Dilma Rousseff. Lula hoje enfrenta problemas até mesmo com a sua dita base aliada, que endossa propostas esdrúxulas da Oposição. Nem mesmo a sua base aliada é confiável. Sempre que o Governo é derrotado em algum projeto, lá está ela votando mancumunada com a Oposição. Os presidentes Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, por sua vez, que antes mantinham um mínimo de diálogo republicano com o presidente Lula, hoje parecem apostar todas as suas fichas nos arranjos internos das Casas que representam, temendo perder espaço junto a uma enfurecida oposição bolsonarista.
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