quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Editorial: E se os processos contra Bolsonaro caírem nas mãos de Flávio Dino?

Crédito da Foto: Evaristo Sá(AFP)


Ontem discutíamos por aqui que a indicação de Flávio Dino para a vaga aberta no STF, com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, embora minimize as dores de cabeça enfrentadas pelo Executivo, potencializa as rusgas da Oposição contra a Suprema Corte, o que, ao fim e ao cabo, não contribui para esfriar a temperatura política entre os Três Poderes da República. Próceres lideranças da Oposição já afirmaram que moverão moinhos para tentar barrar a aprovação do nome do ex-Ministro da Justiça na Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, que precisa aprovar a indicação. Houve um tempo em que se tratava de uma mera formalidade. Nesses tempos bicudos, a sessão pode se transformar numa batalha campal. Como há muitos interesses políticos em jogo, entre mortos e feridos, seu nome deve ser referendado.  

Ontem, durante um programa ao vivo transmitido pela Globo News, travou-se um debate entre Gerson Camarotte e Demétrio Magnoli acerca dos notáveis saberes jurídicos do indicado para a Suprema Corte. Enquanto Camarotte assegurava que o ministro atendia bem a tal requisito, observando que ele passou em primeiro lugar no concurso para juiz federal, Demétrio enfatizava que ele teria sido indicado para o cargo por motivações de natureza eminentemente políticas. O editorial do Estado de São Paulo, para variar, traz um longo editorial no dia de hoje, 29, com o título de notório saber político. Nem precisamos entrar nos detalhes por aqui. 

Igualmente no dia de hoje, a Folha de São Paulo traz uma metéria onde informa sobre a possibilidade de alguns processos sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro caírem nas mãos do futuro ministro do STF, Flávio Dino. Aí vocês podem se preparar para acompanhar as hordas petistas e bolsonaristas se engalfinhando pelas redes sociais. Mas isso talvez não seja o pior. Possivelmente uma condenação do capitão contribui para ampliar ainda mais as indisposições da Oposição com o Governo Lula. O momento político está longe do ideal. O cabo de guerra está bastante esticado e estamos apenas com onze meses de Governo. 

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