Até recentemente, o Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, fez um discurso contundente em defesa da PEC do STF. Fazemos aqui o reconhecimento de que ele sempre se posicionou com bastante altivez quando o assunto é a defesa da democracia e das instituições republicanas. Mas, diríamos que, neste caso, haveria um componente a mais. Em nova fala, o Presiente do Senado Federal se referiu ao instituto da reeleição, que ele considera que não foi muito bom entre nós. Esses movimentos, levam os analistas a se perguntarem sobre os planos políticos do Presidente do Senado Federal.
Entre essas conjecturas, há quem diga que ele almejava indicar um nome para o STF, abrindo uma vaga no TCU, que seria ocupado por ele mesmo. Uma saída burocrática, longe dos holofotes, mas bastante interessante. Bons salários, benefícios, emprego vitalício. Mas há também quem veja ele apontando os faróis para o Palácio Tiradentes, nas Alterosas, sua doce Minas Gerais. A recente negociação sobre a dívida bilionária do estado com a União alimentou as expectativas de quem aposta que o seu projeto político está mesmo em seu estado natal e não em Brasília. Neste caso, poderia está ocorrendo uma articulação do Planalto no sentido de prestigiá-lo, isolando um inimigo comum, o governador Romeu Zema.
No encontro que teve com os ministros do Supremo Tribunal Federal, o presidente Lula, estranhamente, afirmou que desconhecia o voto favorável do seu líder no Senado Federal, o senador Jaques Wagner. É aquela situação onde saber é um problema e desconhecer, outro ainda mais grave. Em meio a esse turbilhão ou crise institucional produzida pela PEC do STF, Rodrigo Pacheco voltou a falar que seria favorável a uma proposta que prevê mandatos para os membros da Suprema Corte. Algo que nos intriga por aqui é porque o Planalto não se motivou em rejeitar a PEC do STF.
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