quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Editorial: Caso Marielle Franco esclarecido integralmente.


A engenharia institucional é bastante complexa e, em tal contexto, sabe-se lá as ponderações de Lula para indicar o senhor Flávio Dino para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal. Há várias hipóteses possíveis e não vamos fazer por aqui mais um exercício de especulação. O que está em jogo, agora, são as movimentações de bastidores em torno da indicação de um substituto para assumir a vaga deixada no Ministério da Justiça e Segurança Pública. O morubixaba petista sofre uma pressão danada para solucionar rapidamente o problema. Hoje andou circulando a notícia de que o programa criado pelo ministério, visando bloquear telefones celulares roubados com apenas um clique, pode cacificar as aspirações do atual secretário-executivo da pasta, Ricardo Cappelli. 

Nada contra Cappelli, mas diante do enredo que está se formando em torno do assunto, acreditamos ser improvável. Aos apressados, Lula já avisou que só indica um nome para o ministério em meados de janeiro, depois das festas de final de ano. Lula ,que esteve no dia de ontem na Câmara dos Deputados,  deve comer o peru do Natal com os membros da Suprema Corte, segundo se especula. Lendo agora a coluna do blogueiro Ricardo Noblat, nos ocorreu um fato curioso. Será que teremos tempo para o ainda ministro Flávio Dino fechar com chave de outro a sua pasagem no Ministério da Justiça? 

Quando assumiu a pasta ele vaticinou que uma de suas missões seria esclarecer, em sua integralidade, o assassinato da vereadora Marielle Franco. Noblat informa que o assunto voltou a ser ventilado na pasta, sugerindo que teremos novidades em breve em torno do assunto. Como se sabe, a banda podre do aparato de segurança pública atrapalhou bastante as investigações sobre o assassinato da vereadora. O crime precisou ser federalizado para se chagar às conclusões sobre o ocorrido, assim como as circunstâncias que o teriam motivado. 

Hoje já se sabe que quem o executou, surgindo hipóteses sobre as motivações, assim como os mandantes do crime. Marielle foi assassinada porque o seu trabalho atrapalhava os negócios de grupos milicianos que operavam em redutos onde a ex-vereadora atuava. Atrapalhar esses esquemas pesados significa, quase sempre, uma sentença de morte. Tem muita gente envolvida, recebendo seu quinhão subterrâneo, que nem precisa declarar à Receita Federal. O negócio é tão atrativo que até grupos evangélicos não resistiram à tentação e estão mancumunados com a milícia. Outra hipótese que se especula é a da competição eleitoral, ou seja, o voto fechado das favelas sob o controle das milícias. Vamos aguardar a Polícia Federal dá nomes aos implicados diretamente no crime. 

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