No dia 16, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, esteve em audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. Havia uma grande expectativa na opinião pública sobre como se daria tal encontro, ora em razão das dificuldades que o país atravessa no tocante à segurança pública, ora em razão das indisposições naturais alimentadas entre governistas e bolsonaristas. Vocês, leitores, vão nos permitir a digressão, mas falta espírito público a alguns desses parlamentares. Torcem para o quanto pior melhor, principalmente em ano de eleição.
Experiente, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, em princípio, tratou de aparar todas as arestas com o atual presidente da comissão, o Deputado Federal Alberto Fraga, do PL do Distrito Federal, estabelecendo alguns procedimentos, como a exigência de que os chefes das políciais Federal e Rodoviária Federal, mesmo presentes, não fizessem parte da inquisição. Cortez, humilde, diplomático e urbano, Ricardo Lewandowski se saiu bastante bem em sua passagem por aquela comissão, tendo recebedio inúmeros elogios, até mesmo entre os bolsonaritas.
Diferentemente de outros ministros, o que ocorreu com Lewandowski é que ele não caiu nas armadilhas montadas pelos parlamentares bolsonaristas mais radicais. Seu estilo é discreto, ponderado, conciliador, disciplinado, metódico, daquele tipo humano que evita as veredas. A audiência do ministro foi institucionalmente importante, uma vez que destrava uma série de dificuldades encontrados pelos membros daquela comisssão com o Governo Lula. Além do que, foi uma oportunidade de uma autoridade do Governo dá uma satisfação do trabalho que está sendo desenvolvido em sua pasta. É o mínimo que pagador de impostos pode esperar. Na última vez que falamos sobre o ministro fazíamos referência aos gols de placa marcados por ele. Este foi mais um.
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