A perversão desta insensibilidade é tão gritante, que não se observam avanços seqnificativos nem mesmo quando o país está sob um governo de corte progressista ou popular. O analfabetismo ainda é um dos grilhões que não foi rompido, deixado pelos séculos de regime de trabalho escravo. No segundo Governo Lula o MEC chegou a contratar alguns especialistas no assunto, com doutorado em educação. O objetivo seria o de estabelecer articulações com gestores de educação dos principais municípios onde tais índices eram elevados. Quase 100% desses municípios se concentravam nas regiões Norte e Nordeste.
Até hoje não se sabe o resultado desse trabalho, tampouco se ele foi, de fato, concretizado. Nossos índices de analfabetismo entre a população adulta até aumentaram desde então. As atenções se voltaram sobre este assunto depois da divulgação do índice atual de analfabetos do país,num trabalho realizado pelo IBGE. O Brasil ainda possui 11,4 milhões de analfabetos. Só houve um momento, lá pelos idos da década de 60 do século passado, onde se levou a sério este drama, propondo-se sua erradicação. Um amplo programa de combate ao analfabetismo estava na agenda das Reformas de Base do Governo João Goulart. A elite política e econômica, aliada a setores militares, deram um golpe de Estado para não permitir sua viabilização. É o Brasi, DaMatta!
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