quarta-feira, 1 de maio de 2024

Editorial: O que, afinal, Haddad está lendo?



Acabamos de ler uma matéria onde uma conceituada jornalista chega à conclusão de que o Governo enfrenta uma burulhenta oposição interna, como se não bastassem as escaramuças e assédios da renhida oposição bolsonarista, incapaz de gestos civilizados em nome do interesse público e da governança do país. Os leitores mais atentos já perceberam que, gradativamente, o PT vem perdendo capilaridade e apoio político junto a segmentos sociais com os quais, historicamente, sempre esteve identificado, como mostramos por aqui. 

As reprimendas públicas, protagonizadas pelo próprio morubixaba petista, dirigidas aos seus assessores, pode ser considerado um termômetro desse estresse. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad - hoje, tornou-se, por razões óbvias, uma vez que detém a chave do cofre - o alvo preferencial desses pitos. Reclamações injustas, uma vez que o ministro é um dos poucos que prezam pelo equilíbrio fiscal num contexto de um governo caracterizado pela gastança irrefreada. 

O ministro já disse que os seus livros ficaram em São Paulo e tem conversado à exaustão com os parlamentares. É só o que ele tem feito no momento. Agora foi a vez do relator do orçamento deixar sua piada pronta, aconselhando o ministro a ler mais a Bíblia e menos Maquiavel. Fomos observar uma lista de livros indicados pelo ministro. Maquiavel não estava na lista. Ali aparecem Franz Kafka, George Orwell, Jorge Luis Borges, Machado de Assis, Vladimir Maiakovski, o que signifca que ele tem um excelente bom gosto.    

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