sexta-feira, 19 de julho de 2024

Editorial: Saiu os dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.



Embora aponte alguns indicadores de queda nas taxas de homicídios no país nos últimos três anos, no mais, os dados do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgados recentemente, não são animadores para o país. Na média dos índices de violência em escala global estamos muito mal e, pior, pelas informações apuradas até recentemente através de pesquisas, a questão da segurança pública é hoje um dos assuntos que mais preocupam os brasileiros. Mesmo numa eleição municipal, como a de 06 de outubro, o tema entrou na pauta dos candidatos em todo o país, principalmente nas grandes capitais. 

Aqui em Pernambuco, por exemplo, já existem propostas de armar a Guarda Municipal, agenda defendida pelos principais concorrentes ao Palácio Capibaribe. Para enfrentar este problema, exige-se desprendimento político, ou seja, a conjugação de forças entre Governo, Oposição e Sociedade Civil, algo que se tornou incongruente hoje no país, em razão do clima de acirramento político. O único consenso em torno do assunto diz respeito ao avanço do crime organizado como fator determinante para a ampliação desses índices de violência. Os fatos saltam aos olhos.  Nesses casos, registre-se, igualmente o aumento dos índices de letalidade em operações policiais. 

As mudanças na rota do tráfico, por exemplo, representou a incidência de maiores escores de violência em estados como o Amapá, Bahia, Pernambuco e Ceará, ou seja, estados localizados nas regiões Norte e Nordeste. Na Bahia e Ceará, por exemplo, há guerras abertas entre facções nacionais e estaduais. Essas facções estaduais que, em alguns casos disputam espaços com as facções nacionais, estão se multiplicando. Salvo melhor juízo, apenas na Bahia há quatorze delas em atuação. 

Por uma dessas ironias do destino, os estados que apresentam as maiores quedas das taxas de homicídios em 2023 são São Paulo e Santa Catarina, estados governados por bolsonaristas roxos, como Tarcísio de Freitas e Jorginho Mello.  A imagem acima mostra as cidades mais violentas do país. Sete delas se concentram em estados da região Nordeste.  

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