segunda-feira, 8 de julho de 2024

O xadrez politico das eleições municipais do Recife em 2024: A oposição tenta unir forças para jogar as eleições do Recife para um segundo turno. É só isso?



Na semana passada a sabatina do UOL\Folha foi com o candidato à Prefeitura do Recife, Daniel Coelho(PSD), que, possivelmente será o candidato do Palácio do Campo das Princesas para enfrentar o prefeito João Campos, que tentará a reeleição. Conforme já informamos antes, não há outra alternativa à oposição se não a de prospectar eventuais falhas na gestão do socialista. Daniel, por exemplo, apontou que a Prefeitura do Recife não investe absolutamente nada em termos de serviços públicos de transporte, encargo que fica sob a responsabilidade exclusiva do Governo do Estado. 

O candidato propôs uma espécie de tarifa zero, caso conquiste confiança dos recifenses para gerir a cidade a partir de 2025. Nesta última pesquisa do Instituto Datafolha, ele desponta com 7% das intenções de voto, ficando em segundo lugar na disputa, mas empatado com o candidato bolsonarista, Gilson Machado, que crava 6% das intenções de voto. Naturalmente, ele tentou minimizar essa distância quilométrica que o afasta do prefeito João Campo na competição, que aparece com 75% das intenções de voto, podendo vencer as eleições ainda no primeiro turno, caso elas fossem realizadas neste comento. 

No entanto, muito água ainda vai rolar até o dia 06 de outubro. Segundo avaliou Daniel, o escore está dentro das previsões do seu staff de campanha. A imprensa repercutiu no dia de hoje eventuais indisposições entre dirigentes do PSD e o PP, ambos partidos que integram a base de apoio da governadora Raquel Lira. O imbróglio envolve, além da disputa no Recife, a disputa pelo prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. O deputado federal Eduardo da Fonte(PP-PE) estaria exigindo que a governadora apoie o nome da deputada federal Clarissa Tércio para a prefeitura do município, sob pena de lançar o nome de Michelle Collins no Recife. 

Hoje alguns órgãos de imprensa já dão como certa a candidatura da deputada federal, com o objetivo de retirar eleitores evangélicos do celeiro do prefeito João Campos, provocando, quem sabe,  um segundo turno das eleições. Na realidade, essa narrativa omite alguns questão cruciais. A relação entre André de Paula(PSD-PE) e Eduardo da Fonte(PP-PE) estão estremecidas. O lançamento da candidatura de Michelle Collins não teria, necessariamente, nenhum objetivo de reforçar as forças do campo de oposição ao prefeito João Campos, mas, na realidade, forçar uma tomada de decisão da governadora Raquel Lyra sobre o pleito de Jaboatão dos Guararapes. Em favor de Clarissa, evidentemente. 

Quando, alguns anos atrás, ocorreu um processo de eduardolização da política pernambucana, já naquela época, sinalizávamos que o deputado Eduardo da Fonte corre numa raia própria. Ele não é dependente político de nenhum governo. à época, Eduardo Campos manteve alguns entreveros com o deputado, exatamente em razão dessa sua condição de independência. O "galego" não conseguiu vergar o deputado. Na semana passada foi anunciado que o esposo de Michelle Collins, o pastor Cleiton Collins, irá coordenar os trabalhos do PP visando as eleições municipais. Trabalha para eleger uma penca de 80 prefeitos no estado. Isso representa praticamente a metade dos municípios pernambucanos.  

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