quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Drops Político: Não consigo imaginar o que Donald Trump faria pelo Recife.



Grandes personalidades já estiveram no Recife, mas, por algum motivo, não podemos concluir que Recife fez muito bem a essa gente. A exceção talvez seja o escritor argelino francês Albert Comus, que se apaixonou pelo Pátio de São Pedro. Camus era bem bairrista. Quando recebeu o dinheiro relativo ao Prêmio Nobel de Literatura, comprou uma casa no interior da França, com uma arquitetura bem parecida com a sua terra natal, na Argélia. Só assim podemos entender porque ele se apaixonou pelo bucólico Pátio de São Pedro. 

Sartre passou praticamente um exílio forçado no Recife; Roberto Rossellini desistiu de filmar o livro de Josué de Castro, A Geografia da Fome, que estava nos seus planos iniciais; Orson Welles aproveitou a ocasião para se esbaldar nos inferninhos da cidade, ladeado por figuras emblemáticas da boemia recifense. Michel Foucault, por sua vez, só curtiu mesmo os vendedores ambulantes e os rapazes de shorts curtinhos da praia do Pina, como ele mesmo confessaria. É neste contexto que não conseguiria enxergar o que Donald Trump poderia fazer pelo Recife. 

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