domingo, 1 de setembro de 2024

Editorial: Bolsonaro desembarca no Rio para reforçar a campanha de Alexandre Ramagem.



Steve Bannon, ex-assessor do presidente Norte-Americano Donald Trump, afirmou recentemente que ainda sentiríamos saudades do ex-presidente americano. Se ele estivesse no Brasil, possivelmente diria que ainda sentiríamos saudades do ex-presidente Jair Bolsonaro. O raciocínio do estrategista de extrema-direita foi no sentido de apontar que o ambiente político que estamos vivendo produziriam atores com perfis ainda mais radicais, digamos assim, do que o presidente Donald Trump. Aqui no Brasil já se fala numa espécie de neobolsonarismo, ou seja, um contingente do eleitorado de extrema-direita que já não se sete suficientemente representado pelo bolsonarismo tradicional. 

No Rio de Janeiro ocorre um fenômeno curioso. Adotando uma estratégia orientada quase que exclusivamente pela correção de forças em jogo - dando o mínimo de importância para as clivagens de natureza político\ideológicas - O atual gestor, Eduardo Paes, que concorre à reeleição, adota uma política de alianças ousadas, com o potencial de interditar o crescimento do candidato do bolsonarismo nas pesquisas de intenção de voto. Nesta semana, o capitão Bolsonaro desembarca no Rio de Janeiro para reforçar a campanha do fiel escudeiro.

Sinceramente? temos sérias dúvidas sobre se o ex-presidente consegue reverter a situação desfavorável em que Ramagem se encontra neste momento da competição pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Ali já não se faz mais política isento das interlocuções ou tentando se contrapor aos interesses, quase sempre não republicanos, dos grupos de milicianos que atuam no estado e na capital.  Recomendamos, para quem ainda não dimensionou corretamente o problema, dá uma olhadinha nos depoimentos do ex-policial Ronnie Lessa, assassino confesso da vereadora Marielle Franco e Anderson Gomes. 

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