quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Editorial: Fogo não se apaga com saliva II


Este é o título do editorial de hoje, 19, do jornal O Estado de São Paulo. O problema das queimadas que se alastram pelo Brasil, de fato, está produzindo um prejuízo humanitário, ambiental e político gigantesco ao país e à sua população. Fauna e flora de biomas como o Amazônico, o Cerrado e Mata Atlântica estão em risco, comprometendo, talvez irremediavelmente, a imagem que o Brasil procurou ostentar no contexto das relações internacionais, como tendo um governo que, agora, depois do furacão bolsonarista, tomava as rédeas da preservação de suas reservas naturais. 

Existem alguns fatores ambientais que estão contribuindo para este desastre, principalmente em zonas como do estado de São Paulo, mas, a rigor, como reconhece o próprio presidente Lula, há um profundo despreparo nosso para lidar com uma emergência como a que estamos enfrentado. Para completar  o enredo, quase todos os dias as forças policiais apontam indícios de ações coordenadas ou prendem marginais tocando fogo em áreas de mata. O fato é que o Brasil arde em chamas. Segundo alguns observadores, a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por não ter mais como explicar a situação, estaria sendo blindada pelo governo, restringindo ao máximo a concessões de entrevistas para tratar do tema nevrálgico.  

Lula propôs a convocação dos entes federados para definir ações conjuntas, mas desistiu da ideia depois que, possivelmente, percebeu as inúmeras dificuldades de construção de algum consenso sobre o assunto.   

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