segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Editorial: O plano para assassinar Nicolás Maduro.



Serviço secreto é secreto. Se não, não seria serviço secreto. Assim, é pouco provável que tenhamos uma elucidação completa a acerca de um suposto plano para desestabilizar o governo da Venezuela e assassinar o presidente Nicolás Maduro. Todas as versão sobre este fato apresentadas até o momento estão sendo cabalmente desmentidas, ora pelos governos envolvidos, ora pelos familiares dos detidos. O cara não vai dizer para os familiares que é oficial de inteligência do serviço secreto espanhol ou integra os quadros de ações sabotagens no exterior da agência de inteligência americana. 

A CIA sempre se utiliza de prepostos ou mercenários para a realização desses trabalhos sujos. É uma outra grande ilusão imaginar que esses métodos foram arquivados depois da década de 60, de onde se conclui que o Governo da Venezuela talvez não esteja, necessariamente, criando uma cortina de fumaça em torno do assunto. Há precedentes inclusive naquele país. O que surpreende, neste caso, é a suposta participação do pessoal da inteligência espanhola no episódio. Diosdado Cabello, Ministro do Interior, anunciou a prisão de agentes americanos e espanhóis, além da apreensão de mais de 400 armas, que estariam esperando a chegada de mercenários, com o propósito de empreenderem ações com o propósito de desestabilizar o governo de Nicolás Maduro.  

Diosdado Cabello sugere que opositores poderiam estar por trás dessas tessituras. A situação, que já não estava muito boa naquela país, tende a agravar-se, com um inevitável endurecimento do regime de Nicolás Maduro, isolado e enxergando inimigos por todos os lados. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário