domingo, 8 de setembro de 2024

Editorial: A violência política em Pernambuco.



Pernambuco sempre possuiu algumas áreas ou zonas políticas onde a luta pelo exercício do poder político suscitaram momentos de violência, quase sempre capitaneados por clãs  familiares locais. Em casos limites, o Governo do Estado já decretou intervenções em algumas dessas cidades. Fazia algum tempo em que tal situação não ocorria por aqui. Porém, infelizmente, mais recentemente, nessas eleições municipais, a situação passou a ficar complicado, sucedendo-se os casos de atentados por motivações políticas. Um dos casos que alcançou enorme repercussão foi o do prefeito de Sertânia, Ângelo Ferreira, atingido por uma facada quando se encontrava com assessores nas imediações da agência do Banco do Brasil da cidade. 

O agressor, segundo o seu advogado constituído, está foragido, mas se entregará às autoridades policiais. Exercendo o seu legítimo dever de defender o acusado, o advogado alegou que não houve uma tentativa de assassinato, mas uma agressão. Curioso que andou circulando num blog local a extensão de tal ferimento, em foto divulgada pelos assessores do próprio prefeito atingido. Agora foi vez do candidato a vereador de Surubim, Aprígio Felix doa Anjos, mais conhecido como Neto de Aprígio, filho de Rosélia Maria dos Anjos, mais conhecida como Véia de Aprígio, que concorre à prefeitura da cidade, ser vítima de um atentado a bala, resultando com um ferimento no ombro. 

Ambos passam bem, mas os dois atentados sugerem a conclusão de que a temperatura está alta nessas eleições municipais aqui no estado, cabendo às autoridades policiais tomarem, de imediato, as providências possíveis, evitando, assim, a amplitude deste processo. Para inflamar ainda mais, os dois atentados envolvem políticos com fortes ligações políticas com os socialistas, grupo político que se contrapõe a atual gestão do Palácio do Campo das Princesas. 

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