O sofrimento infligido ao eleitorado paulista durante o último apagão - estima-se que milhares de pessoas ainda estejam sem energia elétrica - é de uma dimensão calculável: não será suficiente para reverter o voto do eleitor que já havia decidido votar pela reeleição do prefeito Ricardo Nunes. Na última pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada no dia de ontem, 17, Nunes até acusa o tranco, mas nada o suficiente para abalar seu favoritismo neste segundo turno. Nesta pesquisa, Nunes aparece com 51% das intenções de voto, enquanto o psolista Guilherme Boulos pontua com 33%. Nunes abre, portanto, uma diferença de 18% pontos.
O prefeito vai gerenciando como pode esse índices favoráveis. Deixou de comparecer ao debate organizado pela Rede TV, onde optou-se por uma entrevista com o candidato Guilherme Boulos. Pelo que se informa, Lula pretende reforçar a campanha do amigo nesta reta final, onde estão previstos dois encontros até o dia 27 \10. As projeções já indicavam que Nunes venceria qualquer que fosse o adversário do segundo turno. Arrisco a dizer que o empresário Pablo Marçal, por beber na mesma fonte, daria mais trabalho. Este negócio de "fonte" é até um pouco complicado, uma vez que o maior gargalo de Boulos é exatamente junto ao eleitorado periférico de baixa renda.
Pelo andar da carruagem política, Nunes será reconduzido ao Edifício Matarazzo, constituindo-se em mais um trunfo das hostes conservadoras, com o objetivo de credenciar-se para o embate de 2026. Nos escaninhos da política comenta-se que um dos objetivos dessa minirreforma ministerial que está sendo programada pelo Palácio do Planalto visa, entre outros aspectos, adaptar-se à nova correlação de forças que surge dessas eleições municipais, onde a oposição, mais uma vez, como já era previsto, sai mais uma vez fortalecida.
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