sábado, 2 de novembro de 2024

Editorial: Por que Lira divulgou o pleito do PT para apoiar Hugo Motta?



Acordos celebrados quase sempre sob juras de silêncio obsequioso, causou estranheza no meio político o anúncio do atual Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, acerca do acordo fechado com o PT para que o partido apoie o nome do deputado federal Hugo Motta como seu sucessor naquela Casa. O PT deseja indicar um nome como ministro do Tribunal de Contas da União. Logo que o acordo foi fechado, pensamos, de imediato, no nome do atual Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, que deve deixar o cargo nos próximos meses e constitui-se, hoje, num grande aliado do Governo Lula3. A indicação de fato, está reservada a um mineiro, mas não se trata de Rodrigo Pacheco. Está reservada a um deputado federal mineiro, apadrinhado, segundo dizem, por Fernando Pimentel, ex-governador mineiro. 

O destino de Pacheco é incerto. Uma vaga na Esplanada dos Ministérios? Uma indicação para o STF? Pelo andar da carruagem política uma candidatura ao Governo de Minas Gerais, nas eleições de 2026, está completamente descartada. A direita mineira já fez sua caveira naquele estado da Federação. Padrinho político de Hugo Motta, Lira fechou grandes acordos com as principais legendas políticas até este momento. Estima-se que a votação de Motta seja algo parecido com o número de votos que ele obteve quando candidatou-se ao cargo. 

Fora o pleito do PT, o outro acordo tornado público foi o celebrado com o PL, de Valdemar da Costa Neto, onde está prevista pautar a discussão, talvez até em CPI, sobre a anistia aos envolvidos no 08 de janeiro. Em entrevista à revista Veja desta semana, o capitão Bolsonaro, a despeito das encrencas jurídicas que terá que enfrentar no próximo ano, já se coloca como candidatíssimo em 2026. 

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