segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A revolução dos celulares. Cuidado com eles, governantes!


Conforme já admitimos, um das leituras preferidas do autor do Blog é o jornalista Carlos Chagas, sempre com um olhar arguto sobre a cena política brasileira. Num dos seus últimos artigos, Carlos Chagas aborda a revolução produzida pelo telefone celular que, estatísticamente falando, já são em número superior aos habitantes do país, o que significa dizer que cada indivíduo possui mais de um aparelho. São utilizados por diaristas, vendedores ambulantes, comerciantes, profissionais liberias, entregadores de água mineral, garotas de programa etc. Todos esses profissionais o utilizam para viabilizaram seus negócios. A grande revolução, no entanto, à qual se refere Carlos Chagas, é a utilização desses aparelhos para acessarem blogs, redes sociais, acionar e mobilizar pessoas para encontros, protestos e manifestações. Em artigo publicado pelo autor do Blog, ancorados nas teses do sociólogo espanhol Manuel Castells, esse fenômeno vem criando novas formas de relação do individuo com o sistema político, na interpretação do autor, denunciando o esgotamento do modelo de democracia representativa. Para ilustrar seus argumentos, Carlos Chagas lembra o momento de grande ebulição social que antecede o Golpe de Estado, do general Franco, na Espanha.  Os do andar de cima, a elite, preocupada com as mobilizações do porão – guiadas pelas idéias comunistas, socialistas e anarquistas – procuravam um responsável pelas mobilizações: Não havia nenhum grande líder carismático, ou qualquer coisa parecida. Havia o telefone. Por falar em redes sociais, o Planalto passou a rastrear as opiniões emitidas na rede sobre a presidente Dilma Rousseff. 

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