segunda-feira, 1 de maio de 2023

Editorial: Nikolas perde o recurso e terá que pagar 80 mil a Duda Salabert



Não se pode negligenciar o voto de um milhão e meio de mineiros no Deputado Federal Nikolas Ferreira, o mais votado do país, ainda muito jovem, a rigor, com um grande futuro político pela frente. O problema não é com Nikolas Ferreira, mas com o país, onde parcelas significativas do eleitorado se identificam com o discurso de ódio, são racistas, transfóbicos, misóginos, autoritários, fascistas e externam essas características na hora de votarem. Logo que proferiu seu discurso, carregado de preconceito à transfobia, o deputado mineiro ganhou, apenas em uma de suas redes sociais, 43 mil seguidores. 

A expressão Nikolas "me representa" foi postada em uma de nossas redes, por uma eleitora que se identificava com a fala do deputado. Outros tantos perfis devem ter recebido o mesmo tipo de manifestação. Ele representa, portanto, uma parcela do eleitorado. Não é preciso, igualmente, muito esforço para procurar as origens do bolsonarismo. Suas estacas estão fincadas na sociedade brasileira desde 1500, precisando, tão somente, para florecer, alguns "estímulos" de vez em quando, como o dos últimos anos.  

O papel de um deutado com o perfil de Nikolas Ferreira é o de animar as hordas bolsonaristas pelo país, através de discursos dessa natureza, ou criando polêmicas pelas redes sociais. Ficamos por aqui acompanhando para ver se encontramos um projeto de lei para o "país" desse deputado e nada encontro. Ele acaba de perder um recursos contra decisão da justiça, onde terá que pagar 80 mil reais de indenização a Duda Salabert, por ofensas transfóbicas. Ele recorreu, mas perdeu por 7 a 0.  

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