Quem, de fato, está mantendo algum tipo de diálogo com as autoridades dos Estados Unidos é Eduardo Bolsonaro, que foi recebido recentemente pelo presidente Donald Trump. Infelizmente, não há interlocução do governo brasileiro com os Estados Unidos. Enquanto isso, a situação apenas se agrava, uma vez são divulgadas sistematicamente notícias envolvendo eventuais novas medidas dos americanos contra autoridades do nosso Judiciário, assim como permanece o impasse em torno das famigeradas tarifas, sobretudo na medida em que se amplia, aí sim, o diálogo do Governo Lula 3 com o Governo da Rússia, através do seu mandatário, Vladimir Putin, que ligou para Lula recentemente.
Há uma expectativa em torno das medidas que poderão vir a serem adotadas pelo Governo Lula, algo que está na prancheta do Ministério da Fazenda. Em breve saberemos, pois este clima de beligerância não dá sinais de trégua ou conciliação. O Governo Lula também já anunciou que irá recorrer a OMC reclamando das medidas tomadas pelo Governo dos Estados Unidos. Os americanos hoje não dão a mínima para as resoluções dessas organismos internacionais. Os tempos são outros. A questão é simples: os Estados Unidos desejam duas coisas interligadas: a reabilitação política do ex-presidente Jair Bolsonaro e, numa eventualidade de uma vitória deste, acesso aos nossos minérios preciosos. Duas concessões que não serão feitas pelo Governo Lula 3, daí este diálogo "trumcado". com "M" de Trump.
Diante desses impasses, as expectativas não são nada alvissareiras. Vamos neste diapasão por mais uma semana, aguardando as "novidades", que podem ser traduzidas como novas retaliações dos americanos, jogando Lula, cada vez mais, nas cordas de uma aproximação cada vez maior com os chefes de Estado desafetos dos Estados Unidos. Noticia-se para breve um encontro entre Vladimir Putin e Donald Trump, onde a situação da guerra na Ucrânia estará na agenda. A situação para o impasse, pelo andar da carruagem política, pode ser traduzido em algo que interesse aos dois países, independentemente do interesse da Ucrânia. É disso que se trata. É assim que as coisas estão sendo conduzidas no momento no tabuleiro das relações internacionais.
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