Estamos acompanhando com muita atenção o que ocorre na CPMI do INSS, recentemente instaurada no Legislativo. O gravíssimo problema ocorrido relativo ao desvio irregular dos recursos de aposentados e pensionistas diz respeito a todos nós. Há descontos não autorizados, assim como a celebração de empréstimos consignados que não eram do conhecimento dos beneficiários. O conluio é gigantescos, envolvendo bilhões de desvios, calculado, presume-se, de forma subestimada em R$ 6, 3 bilhões. Há gatunos de diversas plumagens. Agentes públicos, instituições bancárias, associações de assistências, lobistas. Trata-se de uma corrupção orgânica, sistêmica, sem nenhuma clivagem ideológica, sendo importante ressaltar que não se trata do Governo "A" ou "B", daí soar estranho a narrativa criada pelos representantes do Governo Lula 3 naquela comissão.
Pelos primeiros depoimentos de agentes públicos, perceber-se equívocos preliminares de, ao menos, negligência na tomada de iniciativas imediatas para estancar a sangria e evitar a enxurrada de descontos não autorizados ou o descredenciamento de entidades que não apresentavam lastro de lisura ou de republicanismo em suas ações, algo fácil de ser constatado apenas nas primeiras investigações. Isso se chama de negligência. Quem deixou de agir para que determinadas medidas deixassem de serem tomadas? Nosso sorte é que a CPMI está sendo conduzida por dois homens públicos sérios. O senador Carlos Viana(Podemos-MG), que preside os trabalhos, e o deputado federal Alfredo Gaspar(UP-AL), relator, com uma longa expertise na área de justiça e segurança pública, onde integrou grupos de combate ao crime organizado em seu estado, Alagoas.
Alfredo Gaspar conduz os trabalho como um promotor de justiça, o que deve está deixando os gatunos do erário de orelha em pé. Já articulou na última sessão, junto ao STF, um pedido de prisão preventiva de 21 deles, implicados nas investigações da PF. Esta CPMI traz indicadores de que teremos um trabalho conduzido com a mais absoluta isenção e integridade. Já tivemos CPI's onde ocorreram denúncias de membros achacados com recebimentos de propinas para direcionarem suas investigações consoantes critérios previamente acordados, livrando a cara de "A" ou "B" ou preservando interesses irregulares de grupos. Felizmente, não teremos este perigo com a CPMI do INSS.
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