segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Editorial: Cisão da União Progressista em Pernambuco.


Este é um fenômeno que ocorre em todo o país. Não se trata de um caso isolado. Quando os grêmios partidários formalizam alguma federação no plano nacional, fica sempre o dilema sobre qual o grupo político controlará a nova federação nos entes federados. A rigor, aqui no estado de Pernambuco, as fissuras são recorrentes até entre partidos que não chegaram a formalizar alguma federação no plano nacional, a exemplo do PL, praticamente cindido entre o grupo político do ex-ministro do turismo, Gilson Machado - muito identificado com o ex-presidente Jair Bolsonaro -  e  a família Ferreira. No MDB, então, a querela está sendo resolvida nos tribunais, ora favorável ao herdeiro do espólio político de Jarbas Vasconcelos, Jarbas Filho, Jarbinha, e o grupo ligado ao Secretário de Articulação Política da Prefeitura do Recife, Raul Henry. 

Agora foi a vez da União Progressistas expor as suas vísceras políticas em praça pública. Em princípio, consoante as regras estabelecidas no plano nacional, o comando deveria ficar com o grupo do deputado federal , eventual candidato ao Senado Federal nas eleições de 2026. O senador Ciro Nogueira, um dos caciques da federação, apoia integralmente o arranjo em favor do grupo político liderado por Eduardo da Fonte. Já Antônio Rueda, oriundo do União Brasil, mas que dirige a nova federação no plano nacional, defende que o comando deva ficar com os integrantes do clã Coelho, de Petrolina. Em recente visita ao estado, declarou que apoia o nome de João Campos para o Governo do Estado, de preferência com Miguel Coelho ocupando uma das vagas ao Senado Federal. 

A querela promete. Nos últimos dias o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, tem intensificado suas movimentações junto ao prefeito do Recife, João Campos. Em alguns momentos, é preciso tirar o embaçamento ideológico de nossas lupas quando observamos o cenário político. Já afirmamos isso num outro momento e voltamos a fazê-lo novamente por aqui. A gestão de Miguel Coelho em Petrolina o credencia a novas experiências políticas a nível estadual. Miguel apresentou, por exemplo, o melhor programa de governo quando se candidatou ao Palácio do Campo das Princesas.    

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