sábado, 13 de dezembro de 2025

Editorial: Uma nova derrota para o bolsonarismo



No dia de ontem, 12, foi divulgada uma nova pesquisa de simulação de candidaturas presidenciais para as eleições de 2026, onde foram testados os nomes de Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o senador Flávio Bolsonaro. Há um equilíbrio de forças quando o presidente Lula entra na rinha com Tarcísio e Michelle, mas, quando o confronto direto é com o senador Flávio Bolsonaro, o presidente renovaria o contrato de locação do Palácio do Planalto por mais quatro anos, com facilidade, ainda no primeiro turno, evidenciando, entre outras coisas, que o filho do ex-presidente Bolsonaro é um ótimo candidato a ser derrotado pelo petismo. Isso já se sabia. Quando ele foi anunciado como possível herdeiro do espólio político do ex-presidente Bolsonaro, os governistas comemoraram. 

O próprio Flávio Bolsonaro tem dado declarações onde afirma que será um representante "repaginado" do bolsonarismo. Não sabemos se isso mudará muito coisa. Possivelmente não. Por outro lado, embora inquestionavelmente doente, observa-se uma tendência do "sistema" em não facilitar a vida do ex-presidente Bolsonaro. Fala-se em veto presidencial ao PL da Dosimetria ou a exclusão do ex-presidente em relação ao abrandamento das penas impostas aos envolvidos na trama golpista do 08 de janeiro. Agora foi a vez do presidente Donald Trump revogar as imposições da Lei Magnitsky contra o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes e sua esposa. Credita-se aqui uma intervenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste sentido. 

Em todo caso, confirma-se a tese de que o bolsonarismo está agonizando no escopo do sistema político brasileiro, conforme enfatizamos em outros momentos por aqui. A equação é simples. O sistema político se protege contra o bolsonarismo. No bojo das indisposições - e, consequentemente durante o processo de distensionamento  - o presidente Lula deixou escapar uma expressão bem emblemática. Vaticínio, aliás. Não nos lembramos exatamente o que ele afirmou, mas, durante um questionamento de um repórter, o presidente afirmou que o bolsonarismo era coisa do passado. Devia saber do que estava falando. Na prática, a revogação da Magnitsky é um exemplo disso. 

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