pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Dilma Rousseff manobra pelo controle do PDT.
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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Dilma Rousseff manobra pelo controle do PDT.


Um outro grande cabo de guerra são as disputas internas no PDT, hoje, por inúmeras razões, um partido emblemático e estratégico no tabuleiro da política nacional. Apesar da apatia em envolver-se diretamente nos embates políticos, estranhamente, em relação ao PDT, Dilma Rousseff manobra escancaradamente. Quando surgiram os problemas com Carlos Lupi, no Ministério do Trabalho, Dilma começou a introduzir uma série de mudanças na pasta, removendo alguns “enclaves” hegemonizados por grupos ou centrais sindicais que não os geriam de uma maneira republicana, mas consoante interesses escusos. Até o porteiro do prédio sabia quanto alguém teria que desembolsar para “abrir” um novo sindicato. Uma das estratégias de Dilma foi a de fortalecer os grupos de oposição a Carlos Lupi, que controla o partido com mão de ferro. Convocou Brizola Neto para essa missão, entregando-o o Ministério do Trabalho, apesar da resistência da bancada do partido, majoritariamente favorável a Carlos Lupi. Depois de uma ligeira “quarentena”, Lupinho volta à carga, articulando para retomar o Ministério do Trabalho, de Brizola, no bojo da próxima reforma ministerial. Convocou Lula para ajudá-lo na empreitada, mas o que se comenta é que Dilma não abdicará de sua estratégia naquela agremiação, ou seja, aproximá-la ianda mais do Planalto, mas com atores políticos de sua estrita confiança. Neste contexto, o prestígio de Carlos Lupi está mais baixo do que poleiro de pato. Dilma, como todos sabem, tem uma queda pelo saudoso Leonel Brizola. Quando Brizola Neto assumiu, ela o lembrou da enorme responsabilidade de honrar o nome do gaúcho bom de briga. Brizola Neto não tem controle sobre a base parlamentar da agremiação, o que se constitui num grave problema. Soma-se a esse fato, o “flerte” do partido, ainda muito incipiente, sobre uma possível articulação em torno do projeto presidencial do pernambucano Eduardo Campos. O que Dilma menos deseja é mais uma ovelha desgarrado no seu rebanho. Uma das estratégias para “minguar” os planos do pernambucano consiste exatamente em colocar o anel no dedo da moça antes que ela se encante com aqueles olhos verdes do “Moleque” dos Jardins da Fundação Joaquim Nabuco.

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