pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Tijolaço do Jolugue: A violência no Maranhão está fora de controle
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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Tijolaço do Jolugue: A violência no Maranhão está fora de controle

 
 

Ontem, depois de furar o bloqueio imposto pela mídia local e pela blogsfera ligada ao clã dos Sarney, recebi a informação de que a violência no Estado do Maranhão já atingiu índices que poderiam justificar uma intervenção federal. O Maranhão tornou-se um Estado de porteira fechada, uma capitania sob o rígido controle da aligarquia Sarney. A irresponsabilidade dos blogs ligados aos Sarney chega o nível de apontar os únicos opositores ao clã como os responsáveis pela violência naquele Estado. Culpar o presidente da Embratur, Flávio Dino(PCdoB) pelo descalabro da segurança pública no Estado? O que é que o Flávio tem haver com isso? Flávio nunca foi governador, sequer Secretário de Segurança Pública, hoje ocupada por alguém que, até recentemente, fazia a segurança do clã Sarney. São remotas as possibilidades de intervenção federal, dadas as ligações dos Sarney com o Governo Dilma Rousseff. As maiorias dos crimes são de execução, um componente a mais a ser considerado quando se avalia os índices de violência. Ocorrem em todo o Estado, em plena luz do dia. O Maranhão, uma espécie de feudo dos Sarney, é um dos Estados mais pobres do país, com gravíssimos problemas fundiários, inclusive envolvendo grupos étnicos como indígenas e quilombolas. A dinastia Sarney é uma das mais antigas do país. Está no poder a pelo menos uns 50 anos, com forte influência na mídia e em todas as instâncias de poder desse nosso arremedo de República. Pelo menos intencionalmente, quando Marina aconselha a Eduardo romper com essas oligarquias, ela está coberta de razão, embora a gente saiba que não se trata de algo simples. Justiça seja feita, pelo menos naquele Estado, Eduardo Campos vem conversando com os opositores do clã. Nas últimas eleições o PT captulou-se aos Sarney, exigindo o apoio do partido à candidatura de Roseana, abandonando Flávio Dino (PCdoB) ao relento. Isso teve enorme repercussão à época, provocando uma greve de fome, no Congresso Nacional, de proeminentes petistas como Manuel da Conceição, então candidato do partido ao Governo do Estado de Pernambuco nas eleições de 1982. Sumido da cena política pernambucana, logo se soube que o líder camponês estava em terras maranhenses conspirando para derrubar o sistema. Brincadeiras à parte, seus pronunciamentos foram emblemáticos para diagnosticar os rumos que agremiação havia tomado desde o seu nascimento. O PT havia deixado de apoiar comunistas e componeses para apoiar latifundiárias oligarcas. Uma contradição, mesmo sabendo que esses comunistas, hoje, já não são mais de nada, perfeitamente "enquadrados" no jogo da democracia burguesa.

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