pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Tijolaço do Jolugue: A polêmica entrevista de Raul Henry à revista Veja.
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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Tijolaço do Jolugue: A polêmica entrevista de Raul Henry à revista Veja.



Quando se faz um levantamento sobre os principais gargalos da educação brasileira, quase sempre, há referências à formação dos professores. O bom-senso diz que não poderia ser diferente, independentemente dos arroubos corporativos dos sindicatos ou da grita sobre a precariedade das condições de atuação desses profissionais nos estabelecimentos de ensino. Na realidade, trata-se de um vesperio que não gostaríamos de mexer, até porque existem uma confluência de fatores que determinam nosso ainda deficiente desempenho educacional, inclusive o descaso das autoridades públicas e o desvio de recursos destinados ao setor. A entrevista concedida pelo Deputado Federal Raul Henry(PMDB) à revista Veja traz alguns fatos nos remetem à reflexão, sobretudo se baixarmos as armas. Antecipo que não nutro nenhuma simpatia pelo Deputado, tampouco fui ou serei seu eleitor, embora aprecie um "cozido", mas o preparado por Dona Maria, no Mercado de Santa Cruz. Acompanhado por uma cajuína, então... Ao longo de sua entrevista, nos chamou atenção duas questões: a) a primeira diz respeito à Lei de Responsabilidade Educacional que propõe perda dos direitos políticos ao gestor que não conseguir melhorar os índices de qualidade da educação encontrado. Penso que o senador Cristovam Buarque teria uma proposta muito semelhante,mas relativa apenas ao montante de investimentos para o setor, à semelhança da Lei de Responsabilidade Fiscal. Se a proposta vingar, logo teríamos uma diáspora na administração pública brasileira. b) A outra diz respeito à formação dos professores dos professores, notadamente nos cursos de Pedagogia. Por uma série de fatores, os profissionais egressos desse curso não são valorizados, apenas lembrados quando se está em jogo, olhem o deslize, o desempenho da educação no país, fundamental para atingirmos as metas estipuladas pela OCDE. De fato, se houvesse uma preocupação política mais consistente, o Estado deveria cuidar melhor desses cursos e desses profissionais. O que se coloca em relação à formação desses profissionais diz respeito à demasiada orientação ideológica e pouca orientação prática, ou seja, você sairia das universidades em condições de formar "alunos críticos", mas incapaz de ensinar, por exemplo, algumas equações que poderiam ser, igualmente, "revolucionárias'. Trata-se de um tema polêmico, mas adianto que o currículo, de fato, dá muita ênfase ao teórico.
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