pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Tijolinho do Jolugue: Mais uma pérola do familismo amoral da máquina pública brasileira.
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domingo, 14 de setembro de 2014

Tijolinho do Jolugue: Mais uma pérola do familismo amoral da máquina pública brasileira.




Nessas eleições há duas situações que ilustram a confusão que se faz no Brasil entre o público é o privado. Não sei se o termo correto seria confusão. Se estiver equivocado, peço desculpas ao Sérgio Buarque de Hollanda, que escreveu tão bem sobre o assunto, argumentando que, no Brasil,  os padrões de relações familiares são transferidos automaticamente para a administração pública. Em algumas repartições públicas os cargos de confiança são uma verdadeira capitania hereditária, distribuído com a vassalagem. O cidadão se aposentava e deixava no cargo um parente ou a amante. Uma verdadeira esculhambação, que transforma a máquina pública num negócio privado entre amigos. No Maranhão está ocorrendo um fato inédito. A polícia está à procura dos mortos - aliás muito vivos - que estão sacando dinheiro na boca do caixa, possivelmente oriundo de algum laranjal ou dos famosos trem da alegria. Alguém, certamente, está recebendo esse dinheiro por eles. Com a proximidade das eleições - faltam pouco mais de 20 dias - o clima esquentou de vez na Paraíba. Anda circulando um vídeo tratando dos problemas familiares do governador Ricardo Coutinho, neo-socialista, que tenta a reeleição. Esse vídeo surgiu depois que começaram as especulações em torno do salário de um senador da República, que deseja voltar a ocupar o Palácio Redenção, seu concorrente, candidato tucano. Um baita de um salário, superior ao de um ministro do STF e muito superior ao da presidente Dilma Rousseff, numa clara violação constitucional. O interessante ainda estava por vir. Inquirido num debate recente sobre o assunto, o senador alegou que o seu salário atingiu esse teto em razão do pagamento de uma pensão para a ex-esposa, como se o serviço público - financiado com nossos impostos - tivesse algo a ver com as suas aventuras amorosas. Nada de estranho para alguém com os seu hábitos. Outro dia torrou num restaurante rico de São Paulo a bagatela de R$ 7.500,00 num único jantar. A comanda foi paga pelo Senado Federal. 

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