pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Durval Muniz: Brasil: Um ninho de urubus
Powered By Blogger

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Durval Muniz: Brasil: Um ninho de urubus

 


Embora haja controvérsia entre os ornitólogos e outros estudiosos das aves, os urubus podem ser considerados aves de rapina. Entre elas, eles ocupariam um lugar muito específico à medida que, preferencialmente, se alimentam de animais já mortos, se alimentam de animais que não caçaram, nem apreenderam, mas encontraram em estado de putrefação, de carniça. Os urubus, mesmo sendo aves carniceiras, como as águias e os gaviões, com os quais partilha muitas características, preferem se alimentar de carnes mortas, de corpos em decomposição, se comprazendo em se alimentar das vísceras apodrecidas que acessam através de algum orifício feito ou presente na carcaça do animal.
A tragédia da morte de dez garotos que jogavam nas categorias de base do Clube de Regatas Flamengo, que tem como símbolo o urubu, após os containers em que dormiam se incendiar, em plena madrugada, quando quase todos dormiam, parece ser um acontecimento símbolo não só do momento que vive a sociedade brasileira mas, em grande medida, da própria história do país. O centro de treinamento em que os dez meninos, todos tinham entre 14 e 16 anos, perderam a vida se chama, significativamente, Ninho do Urubu. Secularmente, as terras em que hoje vivemos foi vítima constante da rapinagem. A rapina atravessa toda a história do país e poderia ser um fio condutor para narrar a nossa trajetória no tempo. O Brasil nasceu no interior do grande movimento de rapinagem internacional nomeado de colonialismo ou de colonização. A rapina de suas riquezas florestais e minerais foram a base do chamado processo de colonização e de formação da nacionalidade. A maioria dos europeus que para cá vieram o fizeram na intenção de retirar o máximo possível, no menor tempo possível, retornando para a Europa. O sistema capitalista foi possível graças a esse processo de rapinagem internacional que Marx nomeou de processo de acumulação primitiva do capital. Sem saque, sem predação das riquezas, sem a superexploração dos recursos naturais das colônias, as metrópoles europeias não teriam acumulado o capital necessário para se lançarem na aventura industrial. Como urubus sedentos por carniça, impulsionados seja pela ambição, pelo desejo de posse, propriedade e acumulação, seja pela busca da aventura, da fama, da gloria e da reputação, seja pela busca da graça e da salvação das almas pagãs e desgarradas do aprisco divino, levas de homens brancos chegaram as terras americanas, africanas e asiáticas para serem os dominadores, os colonizadores, os civilizadores, os transformadores.
Mas, como sabemos, as aves de rapina, como os urubus, são aves carniceiras, elas se alimentam de corpos que matam ou que já estão mortos. A formação da sociedade brasileira, o que ela é hoje, é incompreensível sem o drama vivido por milhões de corpos humanos, usados, explorados, torturados, utilizados até as suas últimas forças. A história do Brasil, assim como toda a história das Américas, é inseparável da carnificina aqui perpetrada contra as populações indígenas, o genocídio e o etnocídio de milhares de povos, a hecatombe de populações inteiras abatidas pela violência sanguinária, pela fome, pelas doenças contagiosas, pela destruição de seus ambientes naturais e culturais, pela destruição de suas culturas e civilizações. Nas Américas e na África se perpetrou um dos maiores crimes da humanidade, a devoração de milhões de corpos e almas humanas, capturadas como bestas, no interior do continente africano, ás vezes com a colaboração dos próprios africanos rivais ou treinados para a razia escravista, transportadas em péssimas condições, armazenadas como animais e transportadas em navios que ficaram significativamente conhecidos como tumbeiros. A sociedade brasileira se estruturou sob o signo da rapina dos corpos negros africanos, ela se formou sustentada pela exploração brutal desses corpos, pela sevícia e a tortura diárias, pela humilhação e pelo desprezo de vidas que não contavam, de corpos que não eram vistos como semelhantes e iguais. As elites brasileiras se formaram na rapinagem de riquezas e de corpos. Como urubus, engordaram, enriqueceram, se fizeram importantes e ricos às custas do sangue e das carnes dos considerados inferiores, irracionais, incivilizados, quase animais, alguns domésticos e de estimação. O ethos, a maneira de ser, a mentalidade, a sensibilidade, o imaginário que sustentam as elites brasileiras, que as constituem como sujeitos é a rapinagem, é o se banquetear de preferência com aquilo que exige menos esforço para conseguir. O urubu não é uma ave futurista, ela é uma ave imediatista, trata de comer o máximo que pode, quando encontra a carniça desejada, ele não guarda nada para depois, como faz o cachorro, trata de tudo devorar, o mais rápido possível. Como urubus, nossas elites vêm, há séculos, devorando riquezas e gentes sem nunca ter um projeto de futuro para essa nação e para esse país. Trata-se de se empanturrar o mais rápido possível, deixando atrás de si devastação, carnificinas, podridão e restos. Muitos, ainda com as penas e os bicos sujos, abandonam o país para viverem no exterior, golfando vômito pútrido sobre a própria imagem do país e de sua gente, como fez recentemente um dos integrantes do governo entrante.
O urubu trata sempre de romper o couro ou a pele que contém e protege as vísceras para delas fazer seu alimento. Creio que vivemos um tempo de exposição das vísceras do país e, como estamos sentindo, elas fedem muito. Os urubus são aves que se alimentam da corrupção dos corpos e, assim, exerceriam uma importante atividade sanitária e higiênica, pois não livram das carniças, das ameaças a saúde que elas significam e do mal cheiro que exalam. Esse momento que vivemos no país se iniciou com uma operação, em que um senhor vestido, preferencialmente de preto, como um urubu, prometeu sanear o país de toda e qualquer corrupção, lavando-a à jato. Do alto de sua condição de juiz de primeiro piso prometeu expor toda a podridão que habitava o corpo da nação, para submetê-la a uma faxina higienizadora. Eis que, uma vez destampada a carniça do país, muitos urubus se mostraram seletivos, só querendo devorar dadas comidas específicas, tampando os olhos e as narinas para fontes muito bem localizadas de mal cheiro e podridão. Os urubus que não são dotados de bela voz ou canto, passaram a grasnar um discurso repetitivo, e desengonçados, como soem ser, passaram a rodopiar e a bailar em torno dos mesmos alvos, deixando claro que nem todas as fontes de podridão e mal cheiro deveriam ser devoradas ou deglutidas, nem mesmo bicadas ou expostas. Mas, mesmo assim, o fedor se espalhou por todo o país e como em estado de narcose pelo ar pesado e nauseabundo que passou a circular entre todos, os urubus passaram a se entredevorar. Quanto mais carniça se expunha e se expõe, mais carniça se queria, mais carniça se quer. Há governador prometendo buscar no exterior tecnologia produtora de carniça de pobres e pretos, ditos bandidos, à granel, para alimentar o apetite de sangue das classes médias. O desejo reativo de morte se apossou de boa parte da sociedade brasileira, passamos a ter uma sociedade de urubus que querem ter, a cada dia, seu naco de carne podre para o repasto. Os meios de comunicação de massa passaram a veicular discursos e práticas tumulares, colocando no patíbulo diário muitas vidas, reputações e honras, para o deleite da urubuzada sequiosa por vísceras podres. A nação passou a se alimentar de um jornalismo urubulino, um jornalismo de rapina, um jornalismo dito de guerra, ou seja, que busca e encontra a morte do próprio jornalismo, transformado em discurso azedo e pútrido de odio, vingança, ressentimento e atravessado pelo desejo de destruição e humilhação do outro. Como falsas carpideiras, passamos a chorar e bendizer o nosso morto de cada dia, a nossa carniça posta na mesa do jantar, todas as noites, pelo Jornal Urubuzal.
Esses primeiros dois meses do ano de 2019 parecem mesmo estar presididos pela figura do urubu. Se existisse urubu no jogo do bicho seria a aposta certa todos os dias. Nossas elites, com sua interminável sede por sangue e linfa, conseguiram colocar no poder aqueles que encarnam a sua face mais rapace. Em pouco mais de dois anos, os corpos dos trabalhadores voltaram a ser carne barata para o açougue. A derrogação de boa parte dos direitos trabalhistas, que continuam na mira do bando de urubus que chegou a Brasília, visa tornar mais barato explorar as forças e as vidas dos trabalhadores. Sugar suas vísceras agora vai custar menos. A reforma da previdência promete jogar na rua um grande numero de carcaças velhas e já carcomidas, que quedarão fedendo a céu aberto, sem nenhum abrigo que as venha proteger antes do tumulo definitivo. Trata-se de gerar mais carniça para o bico dos urubus das finanças, já sobrevoando a todos com o agourento sistema de capitalização que, no Chile, fez dos aposentados miseráveis a mendigar um naco de carne para continuarem vivos. O desejo de rapina do capital financeiro, nacional e internacional, não quer encontrar barreiras ou limites, para o repasto de seus estômagos insaciáveis, por isso derrubam governos, dão golpes de Estado, instauram o estado de exceção, compram leis, emendas, tribunais, tribunos, qualquer urubu que cacareje mais do que duas ideias pelas redes sociais; compram também pitbulls, que costumam ser rivais dos urubus na rapinagem. O astral do país, coisa para astrólogos verificar, parece estar baixo. As tragédias se sucedem, o governo entrante é em si mesmo uma tragédia, da maioria das instituições exala um fedor quase insuportável. Comprometidos, durante anos, em espalhar maus eflúvios e em encher a atmosfera nacional com os miasmas de ideias retrogradas, reacionárias e fascistas, muitas das forças comprometidas com o fim do domínio petista na política do país se sujaram e se enlamearam na própria fedentina que produziram, foram tragadas pelas fossas que elas mesmas destamparam ou produziram. Vivemos um tempo, no país, que até as ideias parecem cheirar mal. Aquelas que emanam das forças que assaltaram o poder espalhando a sujeira da mentira, da calunia, do fake news, do assédio e do acosso moral, da intimidação, da fraude, da violência, apodrecem em praça pública. Há gente que, quando abre a boca, o hálito de carniça é intragável. Tempos que deveriam ser de alegria e gozo por parte dos urubólogos e urubólogas de plantão, mas que vão se tornando não palatáveis até para esses paladares mais devotados ao podrido.
A tragédia de Brumadinho expõe as vísceras de nosso capitalismo, do respeito que as empresas têm pela vida e pelos corpos de seus trabalhadores. O capitalismo à brasileira sempre significou o soterramento e o enterro de milhares de vidas humanas tragadas pela ambição, pela incúria, pela corrupção, pelo desprezo pela lei e pelas regras. O futebol brasileiro sempre encenou a vísceras escravista e racistas de nossa sociedade. Nele corpos, pés e mãos sempre foram comprados e vendidos, explorados, usados e jogados fora como lixo humano, numa das atividades onde as marcas deixadas pela escravidão, no país, sempre apareceu com destaque. Proibidos de jogar, tendo que usar pó-de-arroz para embranquecerem, comprados e vendidos como gado, explorados por técnicos, dirigentes e empresários, até mesmo sexualmente, milhares de garotos brasileiros, saídos das camadas populares, nascidos do ventre da escravidão e da miséria, sonhando em ter uma vida melhor para si e para os seus, usando as habilidades adquiridas em campinhos de barro e com bolas de meia, fizeram a glória e a fama de nosso futebol, se constituíram num dos poucos motivos de orgulho patriótico, num país de elite colonizada, que deprecia sua nação e seu povo. Como disse Nelson Rodrigues, o futebol nos retirou o complexo de vira-latas, mas às custas da exploração brutal de muitos corpos e muitas vidas, jogadas na pobreza e no abandono, após fugazes anos de ribalta. Os meninos incendiados do Flamengo, quase todos negros, é apenas mais um capítulo nessa verdadeira hecatombe de corpos negros que é a história desse país. Poucas horas depois que os dez meninos arderam no fogo da irresponsabilidade e da incúria futebolística, treze corpos negros foram varados de bala, torturados a faca, espancados, sequestrados e jogados nas pedras dos hospitais por policiais que obedecem a política necrofílica dos novos poderosos de plantão. O filosofo nigeriano Achile Mbembe diz que a necropolítica, a política da morte, foi parceira da biopolítica, a política da vida, na constituição do mundo moderno. Estamos, no Brasil, sobre o domínio da necropolítica. As poucas decisões emanadas, até agora, de um governo inepto e confuso, sem projeto e sem nenhuma articulação, foram todas na direção de consagrar a morte, a busca da morte, como política de Estado.
A liberação do porte de armas nem de longe pode ser pensado como medida de segurança pública, ao contrário, é medida de tragédia pública, é promessa que muitas carniças vão ser produzidas para nossos urubus dos programas que sensacionalizam a morte e a desgraça possam se alimentar: está garantida a nossa ração diária de sangue. Aqueles que precisam de desgraças alheias para apaziguarem as suas próprias desgraças têm já sua cota diária de carniça garantida. Ainda ontem, aqui em João Pessoa, uma banal discussão de trânsito, se transformou na execução sumária e pública de um taxista por um motorista prepotente e armado, que se refugiou em casa, portando outra arma de grosso calibre, mantendo as forças de segurança imobilizadas durante horas nos arredores de sua residência, diante da ameaça de que sua esposa fosse a próxima vitima, os seus vizinhos ou quem passasse diante da mira de sua arma. Essa será a realidade do país, daqui para frente, um país que elegeu um presidente da República que tem o uso de arma como fetiche. Sua mão simulando atirar em alguém, suas promessas de extermínio armado dos adversários, viraram ícones num país de urubus, que vivem perscrutando desejosos o cheiro de um cadáver. O pacote anticrime do ministro da Justiça é outra peça de destaque da necropolítica em ação em nosso país. Dar carta branca para policiais matarem pobres, pretos e quem eles avaliarem que são bandidos, num país onde as policias são responsáveis por quase um quarto das mortes registradas, é um convite a carnificina. Como canta lindamente Elza Soares, a carne preta será, cada vez mais, a carne mais barata do mercado, junto com a carne de homossexuais, mulheres e crianças, destinadas a alimentar o apetite racista, homofóbico, machista e misógino de parcelas consideráveis de nossa sociedade. O conjunto de leis de Moro é uma afronta aos direitos humanos, aos direitos civis, à várias clausulas da Constituição, mas como esperar que urubu obedeça regras ao se deparar com a possibilidade da carniça. Moro nunca se destacou pela observância das leis e da Constituição. Junto ao ministro da Educação prometem fazer uma razia nas universidades em busca de corpos para alimentarem a sede de vingança e o ódio a inteligência e ao conhecimento que definem tão bem o grupo no poder. Talvez mais cadáveres, como o do reitor da Universidade de Santa Catarina, sejam produzidos, afinal esse é um governo que aplaude e elogia uma ditadura que teve nos corpos de jovens estudantes e professores das universidades as carnes mais apetitosas para a sevícia, a tortura e a execução sumária, seguidas do desaparecimento e transformação em pó e cinzas desses corpos.
Com essas medidas, somadas a política económica do Ministro Paulo Guedes, destinada a dificultar a sobrevivência da maioria da população, a tanatocracia está completa. Como bem sintetizou o ex-presidente Lula, Guedes cria os pobres e miseráveis e Moro os mata, por falta de uma política efetiva de educação, que o ministro Velez diz ser privilégio para alguns, para dar-lhes oportunidade de não ter o mundo do crime como único caminho possível. Só o Jesus na goiabeira de Damares na causa para nos salvar do desastre anunciado. Quem sabe o ministro das relações exteriores, com seus maus modos e falas, ainda nos meta num conflito ou numa guerra, onde a mortandade de brasileiros pobres e pretos arregimentados como soldados mal pagos, mal preparados e mal equipados, será ainda maior. Assim se realizaria o sonho de parte de nossas elites: livra-la dessa gentinha. Poderíamos dizer: se eu Morro, me Velez por favor!
Vivemos sob o signo da morte, do fim. Os verbos que mais ouvimos na boca de nossas autoridades, de todos os poderes, na boca dos varões de nossa mídia são: acabou, extinguiu, fechou, descontinuou, diminuiu, desidratou, fundiu, privatizou, destruiu, engavetou, suspendeu, paralisou, arquivou, determinou o fim, etc. Os bancos e financiamentos públicos devem definhar, enxugar, ser privatizados. As empresas estatais, patrimónios construídos durante anos com o suor dos brasileiros, leiloadas, cedidas, fundidas, extintas, privatizadas. Os programas sociais desidratados, auditados, reduzidos, extintos. As empresas nacionais alienadas, fundidas, adquiridas por outrem, internacionalizadas, fechadas, falidas. Em todos os âmbitos do país, os urubus estão à espreita, estão salivando diante da rapina e do repasto à vista. Talvez somente a própria podridão dos salões do poder, das forças que se apossaram da República, forças que cheiram à morte patrocinadas e perpetradas por milícias e forças de exceção; forças que cheiram a morte em situação de tortura, nos porões de um regime de exceção; forças que vivem da exploração da fé em um deus que se deixou matar, que defendem a mortificação do corpo e do desejo; forças que são responsáveis por milhares de mortes no campo, nas favelas, nas periferias das cidades, em acidentes de trabalho, envenenados por agrotóxico e produtos químicos, congelados em frigoríficos, tombados de andaimes e máquinas pingentes, possa nos acordar do sono mortífero que parece ter se apossado das forças vivas do país. Talvez a fedentina seja tanta, o sangue e a carnificina sejam tamanhos, que venhamos a acordar, como sociedade, desse desejo de urubu que levou um terço da população do país a escolher a morte ao invés da vida, o luto ao invés da alegria, a violência ao invés do amor e da esperança, a agressão e o preconceito ao invés da solidariedade e do respeito. Os urubus ridentes, que não param de grasnar sandices, de derramar a fedentina do ódio e do preconceito nas redes sociais, pessoas capazes de brincar e gozar com as maiores desgraças, que são capazes de serem clubistas diante de dez corpos de meninos mortos, que sorriem e vibram com a morte de treze pessoas numa favela, que são capazes de tripudiar sobre a dor de uma liderança política e homossexual que se vê obrigado, sob risco de ser mais um cadáver a alimentar os urubus fascistas e armados que povoam nosso dia a dia, a se exilar do próprio país, deixam claro que o Brasil está podre por dentro, que as vísceras do país estão expostas, e delas, muitas bolsas de merda e pus escorrem, muita fedentina se espalha pelo ar. Há momentos que a sensação é que estamos num ar irrespirável e que vamos nos afogar da fedentina. O país que há apenas alguns anos parecia que ia dar certo, que era festejado em todo mundo, em que a população se dizia uma das mais alegres e otimistas do mundo, parece estar na merda e não faltam urubus sobrevoando para lhe arrancar um naco.

Durval Muniz de Albuquerque é historiador, professor titular aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

(Texto publicado originalmente no site Saiba Mais, Agência de Reportagem, aqui reproduzido com autorização do autor)

Nenhum comentário:

Postar um comentário