segunda-feira, 18 de julho de 2022

Editorial: O estranho suicídio de um personagem chave do caso Marcelo Arruda.



A Polícia Civil do Estado do Paraná acaba de confirmar ter encontrado o corpo do vigilante Claudinei Coco Esquarcine, que, em princípio, teria cometido suicídio.  Claudinei Esquarcine é um dos personagens-chave no enredo que envolveu as indisposições e culminou com a morte do militante petista Marcelo Arruda, na cidade de Foz do Iguaçu, enquando comemorava seu aniversário de 50 anos com os familiares. Num crime com todos os ingredientes de motivações políticas, Marcelo se desentendeu com o Policial Penal Federal, Jorge Garanhos que estava num outro clube, mas através de Claudinei obteve a senha que permitiu que ele tivesse acesso às câmaras e pudesse acompanhar a organização da festa de Marcelo Arruda. Em princípio, não seria usual a liberação do acesso a essas filmagens. 

Possivelmente incomodado com os "temas" da decoração da festa de Marcelo Arruda - em homenagem ao ex-presidente Lula - Jorge Garanhos teria ido ao local e provocado Marcelo, que revidou atirando algo no carro de Garanhos. Depois de deixar a família em casa, Garanhos voltou ao local da festa para tomar satisfações com Marcelo, já de arma em punho, as gritos de "Aqui é Bolsonaro", de acordo com uma testemunha arrolada durante os depoimentos à polícia. A autoridade policiail que conduziu o inquérito sobre o caso não o tipificou como crime com conotações políticas, mas como um homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe. 

Salvo melhor juízo, de acordo com a Constituição Federal, seria, legalmente complicado tipificar um crime de natureza política, mas que houve uma clara motivação de ódio induzido por intolerância política, ah isso houve, de acordo com proeminentes figuras do mundo jurídico ouvidos pela imprensa. Desconheço se ele teria sido ouvido durante a condução do inquérito policial. Sua morte não deixa de ser algo controverso, pois, segundo dizem, ele teria pulado de uma ponte e cometido suicídio. Não temos nenhum elemento para duvidar da versão inicial de suicídio, mas isso faz lembrar um enredo policial do passado, onde se chega àquela situação de mortes sucessivas, assim como ocorreu com o assassinato do presidente John Kennedy, onde Le Harvey Oswald foi assassinado e o seu matador foi morto na prisão.  

Nenhum comentário:

Postar um comentário