Esta é uma CPIM onde o Governo ainda mantém um certo controle da situação. Há uma grita generalizada da oposição, mas isso faz parte do jogo. Trata-se da questão da correlação de forças. Por outro lado, a CPI do MST, por exemplo, é flagosamente controlada pela oposição, o que deve representar muitas dores de cabeça para o Governo. As Bancadas do Agro, da Bala e da Bíblia dão as cartas naquela comissão, onde o Governo é minoritário. Na CPMI dos Atos Golpistas, estão convocados os generais Braga Netto, Augusto Heleno, o ex-Ministro da Justiça, Anderson Torres, e o ex-ajudande de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid.
Não sabemos como será o comportamento do general Augusto Heleno na CPMI, mas chegamos a acompanhar o seu depoimento na CPI distrital, tratando do mesmo assunto, comandada pelo Deputado Chico Vigilante. Não ficamos satisfeitos. Ora ele minimizou alguns atos e falas, ora foi evasivo. O único momento positivo foi quando ele se referiu à estrutura e atribuições do Gabinete de Segurança Institucional, gigantismo que surpreendeu a este editor.
Daí se entender porque seria tão complicada a sua extinção pura e simples. O general Augusto Heleno estava acompanhado de um advogado que fez pouca ou nenhuma intervenção durante a sessão. Certamente fez bem o dever de casa, orientando corretamente o seu cliente, sobre como se sair das perguntas embaraçosas.
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